24 de fev. de 2010

Desafio Literário - Fevereiro: Confissões de uma Irmã de Cinderela (Gregory Maguire)


Tema: Um livro que nos remeta aos contos de fada

Mês: Fevereiro

Título: Confissões de uma Irmã de Cinderela

Autor do livro: Gregory Maguire

Editora: José Olympio

Nº de páginas: 329

O livro é sobre...
Todos nós já ouvimos a história de Cinderela, a bela criança transformada em escrava e renascida das cinzas. Mas e suas irmãs de criação, as duas exiladas na ignomínia pela fala da amável filha de seu padrasto? Qual destino é guardado àqueles desprovidos de beleza? E que maldições acompanham a bela aparência? Contextualizada na Holanda do século XVII, "Confissões de uma Irmã de Cinderela" conta a história de Íris, uma heroína peculiar que sai das ruas de Haarlem para um estranho mundo de riqueza, artimanhas e ambição. Seu caminho cruza-se com o de Clara, a menina misteriosa e assustadoramente bonita destinada a se tornar sua irmã. Enquanto Clara se refugia nas cinzas do acolhimento da família, Íris sai em busca dos obscuros segredos de sua nova casa e da traiçoeira verdade de sua antiga vida.

Eu escolhi este livro porque...
Sinceramente, nem eu sei. Desculpem, é a verdade. Até descobrir sobre o Desafio e saber que o tema do mês de fevereiro seria “Um livro que nos remeta aos contos de fada”, eu nunca tinha ouvido falar nem do livro nem do autor. Eu tinha que escolher um livro porque queria muito participar do Desafio, então... Pesquisando no Google e também em blogs dos participantes, me deparei com essa indicação. Li a sinopse e confesso que não me chamou a atenção, mas era o único que tinha. Aí ficou.

A leitura foi...
Estranha. Interessante. Não tem absolutamente nada a ver com as histórias baseadas no conto da Cinderela que se vê por aí. Confesso que quando comecei a ler, tinha duas Cinderelas na cabeça: a da Disney e a do filme "A Nova Cinderela". Acho que por isso me decepcionou um pouco.
O livro é, de um certo modo, complexo. Gostei porque se passa na Holanda, sai do cenário europeu mais conhecido (Inglaterra, por exemplo). Descobre-se quem narra a história no final, o que para mim foi uma surpresa. Mesmo que eu suspeitasse de um personagem-narrador, jamais pensaria que fosse quem é. Tenho umas pequenas colocações acerca da história, o que eu espero que não conte a história em si. São fatos que merecem destaque. Eis alguns:
a) ainda no início da história, pensei que o príncipe aparecia. Não deixa der ser um dos “heróis românticos”, mas definitivamente não é o príncipe; b) a Cinderela vira gata borralheira por escolha própria; c) as “irmãs feias”, uma delas em especial, fazem o papel da fada madrinha e arrumam a Cinderela para o baile; d) a Cinderela sabe que é bonita, mas está longe de considerar isso uma coisa boa; d)a madrasta não parece tão má, e só depois percebe-se a verdade (mas só um pouco, já que a verdadeira maldade dela não parece ser tão certa no final).
Tudo isso me faz questionar o cerne da história, o objetivo. O que essa história quer mostrar? Que a beleza não importa? Que é um fardo pra quem tem? Que existe gente que adoraria ter, apesar do aspecto negativo da situação (porque existe esse aspecto, e o livro mostra desde o início).
Indico, apesar de ter certeza que, fora algumas citações, eu não vou ler de novo.

A nota que eu dou para o livro:
4-Bom.

13 de fev. de 2010

O Feminismo em Jane Austen

Faz um tempinho, a Elaine do Jane Austen Sociedade do Brasil postou o artigo O Feminismo em A Abadia de Northanger de Austen lá no blog. O artigo foi indicado pela Adriana e postado em inglês no periódico inglês Artifacts. A tradução foi feita pela Elaine.
Resolvi postar isso porque feminismo é um assunto que me interessa bastante, seja de que forma for abordado. É mais interessante ainda nesse caso porque se refere a uma obra de Austen que eu já li, mas não consegui captar muito bem o espírito da história. Eu também li um pouco dessa obra da Mary Wollstonecraft quando estava na pesquisa por fontes para o meu tcc. Enfim, aí está.

O Feminismo em A Abadia de Northanger de Austen

Em Uma Defesa dos Direitos da Mulher, Mary Wollstonecraft responde à obra O Legado de Um Pai Para Suas Filhas, do Dr. John Gregory, onde é discutida a sua visão sobre o comportamento adequado que uma mulher deve apresentar. As ideias de Wollstonecraft ecoam na visão de Austen de que as mulheres são indivíduos com capacidades intelectuais e criativas iguais as dos homens. Tanto em A Abadia de Northanger como em Uma Defesa dos Direitos da Mulher, as duas autoras questionam costumes sociais convencionais e afirmam que as mulheres devem agir racionalmente por elas mesmas, em vez de tentar simplesmente agradar ao sexo oposto.
O romance A Abadia de Northanger de Austen não é explicitamente descrito como feminista, mas ao retratar Catherine, Austen questiona o tipo feminino ideal na literatura. A individualidade de Catherine manifesta-se na primeira página do romance, onde Austen descreve a personagem principal como sendo tudo, menos uma heroína. “Catherine gostava de todas as brincadeiras de meninos, e tinha grande preferência pelo cricket... aos prazeres mais heróicos da infância, como cuidar de um arganaz, alimentar um canário, ou regar flores” (Austen 5). A extraordinária consciência de si que o romance possui fica patente na sátira que faz das banalidades da literatura gótica convencional, enfatizando que Catherine não é uma típica heroína e que Austen rejeita o conformismo feminino. Embora Catherine pareça muito diferente das outras heroínas de Austen por não ser especialmente inteligente, ela demonstra ter um bom discernimento em vários momentos do romance. Por não gostar de John Thorpe, Catherine mostra que pode pensar por si mesma e que não irá sucumbir às pressões sociais para se unir a ele. Catherine também acredita que casar por dinheiro é uma prática revoltante. Por ser tão comum em sua época, tal atitude também mostra que Catherine tem capacidade de formar as suas próprias opiniões, rejeitando as convenções aristocráticas por acreditar estarem erradas. Esta habilidade revela-se por si mesma quando Catherine recusa-se a entrar na mesma carruagem de Thorpe e seu irmão. Ela não permite ser manipulada e mostra verdadeiras características de uma heroína ao afirmar “se eu não pude ser persuadida a fazer o que considerava errado, eu nunca serei levada a fazê-lo” (Austen 68). Ao retratar Catherine como uma personagem não-convencional, Austen rejeita os costumes sociais convencionais para as mulheres e tenta modificá-los através de seus escritos.
A mensagem imprescindível em defesa da racionalidade das mulheres torna-se evidente em A Abadia de Northanger através da sátira do louvor à estupidez feminina. A voz do narrador serve como plataforma onde Austen pode apresentar o seu ponto de vista. Embora o narrador pareça concordar com a visão de outros autores de que as mulheres devem esconder a sua inteligência, as afirmações no romance significam exatamente o oposto de suas palavras. A famosa citação “uma mulher, especialmente se ela tem o infortúnio de saber alguma coisa, deve esconder o que sabe o quanto puder” (Austen 76) é evidente que não reflete o que Austen realmente pensava. Ao dizer coisas como estas, Austen zomba de outros autores que realmente acreditavam em tais bobagens. A escritora diretamente mostra isso quando afirma “as vantagens da tolice natural em uma bela garota já foram mostradas pela importante pena de uma autora” (Austen 76). Austen diminui os conselhos que as mulheres recebiam de homens como o Dr. John Gregory e afirma que as mulheres deveriam usar seus cérebros. Além disso, ao retratar a senhora Allen como uma mulher materialista e estúpida, Austen só faz ridicularizar mais ainda esse tipo de mulher. A senhora Allen é o perfeito retrato da esposa submissa e dependente que os homens aconselhavam as mulheres a se tornarem. A sua “mente vazia e a incapacidade para pensar” (Austen 40) permite que ela interaja com o sexo oposto com a habilidade “de administrar a vaidade dos outros” (Austen 76). Homens como Henry Tilney deleitavam-se com a ignorância porque permitia a eles que mostrassem seus conhecimentos ensinando às mulheres ingênuas. A visão de Austen sobre as capacidades intelectuais das mulheres em A Abadia de Northanger são ainda enfatizadas por Mary Wollstonecraft em Uma Defesa dos Direitos da Mulher.
Pelo fato do texto de Mary Wollstonecraft não ser em forma de romance como o de Austen, ela tem o poder de dizer exatamente o que pensa em resposta à obra de Gregory, O Legado de Um Pai Para Suas Filhas. Fazendo uso de sua própria voz e não a de um narrador, Wollstonecraft reprova o conselho de Gregory de que as mulheres deveriam ser “cautelosas ao demonstrarem... bom senso” (Gregory 221). Como Austen, Wollstonecraft acredita nas capacidades intelectuais das mulheres para pensar, assim como no seu direito de exercê-las. Ela também rejeita muitas convenções aristocráticas que privam as mulheres de agirem como elas gostam, tais como “o decoro serve para suplantar a natureza e banir toda simplicidade e variedade de caráter que não fizerem parte do mundo feminino”. Sem dúvida, o argumento mais convincente de Wollstonecraft que coincide com o d’A Abadia de Northanger é o de que a mulher não deveria fazer todas as vontades fúteis dos homens. Gregory afirma que certos homens talvez “vejam com olhos ciumentos e malignos uma mulher com muitos talentos e uma inteligência desenvolvida” (Gregory 221), no entanto, “um homem com um verdadeiro caráter e integridade é muito superior a essas baixezas” (Gregory 221). Wollstonecraft argumenta que se homens sem reais qualidades comportam-se dessa maneira, não há razão para as mulheres não demonstrarem seus dotes intelectuais diante de “tolos, ou homens... que não têm muito do que reclamar” (Wollstonecraft 224). Em vez de sempre tentar agradar aos homens, as mulheres devem falar e agir como desejarem, e um homem digno não deixará de amá-las pelo simples fato de pensarem. As ideias de Wollstonecraft ecoam na visão de Austen de que as mulheres não precisam constantemente agir de maneira diferente para cada tipo de pessoa, “isso seria bom se elas fossem somente companhias agradáveis ou razoáveis” (Wollstonecraft 225).
Tanto Wollstonecraft como Austen sustentavam pontos de vista incomuns para mulheres de sua época. Para elas, o comportamento apropriado para uma mulher parecia ilógico e exaustivo. Ambas argumentavam a favor das capacidades racionais das mulheres e acreditavam fortemente que elas tinham o direito de exercê-las. Austen usa em A Abadia de Northanger técnicas literárias, como caracterização e ponto de vista com o intuito de enfatizar suas ideias, enquanto que Wollstonecraft usa a sua própria voz. A despeito dos meios que as duas autoras utilizam para demonstrar suas opiniões, ambas opõem fortemente o conformismo feminino às normas sociais e acreditam que as mulheres são iguais aos homens em suas capacidades intelectivas.

Obras citadas:
Austen, Jane. Northanger Abbey. Ed. Susan Fraiman. New York: W.W. Norton & Company, 2004. 5-174.
Gregory, Dr. John. “From A Father’s Legacy to His Daughters.” Northanger Abbey. Ed. Susan Fraiman. New York: W.W. Norton & Company, 2004. 220-222.
Wollstonecraft, Mary. “From A Vindication of the Rights of Woman.” Northanger Abbey. Ed. Susan Fraiman. New York: W.W. Norton & Company, 2004. 222-225.

12 de fev. de 2010

Senhor dos Anéis é o melhor da década!

Xeretando o site da Valinor embusca de notícias de O Hobbit ou qualquer coisa relacionada a Tolkien, encontro uma excelente new que, na verdade, não me surpreende em nada. Tinha que ser. Um livro tão complexo, uma história tão intrincada, retratando um mundo tão detalhado, que foi adaptado pro cinema por um excelente diretor... Não acredito que algum dia vai existir alguma outra história assim, que possa ser representada de um modo magistral como esses livros foram.
Eis a new:

"Senhor dos Anéis é o melhor da década!
É isso mesmo! Numa matéria lançada hoje, a Entertainment Weekly, respeitada revista de entretenimento americana, confirmou aquilo que todos nós tolkienmaníacos já sabíamos: a trilogia de Peter Jackson foram os melhores filmes lançados entre os anos 2000 e 2009.
Deixando para trás nomes de peso como Batman - O Cavaleiro das Trevas, O Segredo de Brokeback Mountain, Gladiador, Wall-E, Moulin Rouge e Quase Famosos, o Senhor dos Anéis amealha mais esse prêmio pra estante (que já deve estar lotada.
Aí vai o que o pessoal da EW disse sobre a trilogia:
Trazer um livro adorado para a telona? Sem drama! A trilogia de Peter Jackson - ou, como gostamos de chamá-la, nossa preciossssssa - manifestou sua atração irresistível tanto em falantes de élfico avançado quanto em neófitos."

Fonte: Valinor

9 de fev. de 2010

Os 20 melhores filmes baseados em livros

O site Cine Séries elegeu as 20 melhores adaptações literárias para o cinema. São eles:

1. O Poderoso Chefão – Parte I (1972)
Clássico norte-americano dirigido por Francis Ford Coppola. Baseado no romance homônimo de Mario Puzo, o filme recebeu nove indicações ao Oscar e levou três estatuetas para casa (Melhor Filme, Melhor Ator - Marlon Brando - e Melhor Roteiro Adaptado). Curiosidade: Robert de Niro fez testes para os papéis de Michael e Sonny Corleone no primeiro filme, mas não conseguiu nem uma pontinha. Como prêmio de consolação, interpretou o jovem Don Vito na Parte II.

2. O senhor dos anéis – O retorno do Rei (2003)
Terceiro (e último) longa-metragem baseado no livro de J.R.R. Tolkien. O filme finaliza a história de Frodo, um hobbit que deve destruir o anel com poder de corromper quem o usa. Ganhou 11 Oscars, sucesso puro! Curiosidade: a história incorpora fortes nuances da ópera do alemão Richard Wagner: O Anel dos Nibelungos.

3. E o vento levou (1939)
Clássico dirigido por Victor Fleming e baseado em obra homônima de Margaret Mitchell. As atuações consagradas de Clark Gable e Vivien Leigh contribuíram para que o longa-metragem alcançasse 13 indicações oficiais ao Oscar e duas honorárias. Levou dez estatuetas para casa. Curiosidade: mais de 1.400 atrizes fizeram o teste para Scarlet O’Hara. Tadinhas...

4. O mágico de Oz (1939)
Musical baseado em livro infantil homônimo de L. Frank Baum. Conta a história da garota Dorothy, que é capturada por um tornado no Kansas e levada a uma terra fantástica. O filme, estrelado por Judy Garland, teve seis indicações ao Oscar, tendo conquistado dois deles. Curiosidade: ocupa a terceira colocação na Lista dos 25 Maiores Musicais Americanos de todos os tempos (idealizada pelo American Film Institute).

5. Um corpo que cai (1958)
Dirigido por Alfred Hitchcock, o filme é um dos maiores suspenses de todos os tempos. Ok, isso todo mundo sabe. O que poucos conhecem é o livro D’Entre lês Morts, da dupla Pierre Boileau e Thomas Narcejac, que escreveu a obra especialmente para o diretor filmá-la. Apesar de seu talento incontestável, Hitchcock nunca levou uma estatueta do Oscar para casa.

6. Um sonho de liberdade (1994)
Filme de Frank Darabont que relata a história de um banqueiro condenado à prisão perpétua pelo assassinato da mulher. O personagem faz amizade com um prisioneiro veterano e sonha em ser livre novamente. Baseado em livro de Stephen King, o longa conta com a atuação de Tim Robbins e Morgan Freeman. Recebeu sete indicações ao Oscar.

7. A lista de Schindler (1993)
Dirigido por Steven Spielberg, conta a história de um empresário alemão que usou seu dinheiro e conexões para libertar judeus de campos de concentração na Segunda Guerra Mundial. Baseado no livro de Thomas Keneally, traz atuações marcantes de Liam Neeson, Ralph Fiennes e Bem Kingsley. Venceu sete Oscars e três Globos de Ouro.

8. Psicose (1960)
Filme de Hitchcock conhecido pela famosa “cena do banheiro”. Conta a história de Marion, uma secretária que rouba 40 mil dólares e foge para que ninguém a descubra. Escondida no decadente Motel Bates, Marion é esfaqueada enquanto toma banho. É baseado no livro de Robert Bloch. Curiosidade: Hitchcock comprou anonimamente todos os direitos do livro por onze mil dólares e, após isso, recolheu todas as cópias disponíveis no mercado para que ninguém soubesse o final da trama. Recebeu quatro indicações ao Oscar.

9. 2001: Uma odisséia no espaço (1968)
É um dos melhores filmes de ficção científica de todos os tempos. Dirigido por Stanley Kubrick, o filme mostra a evolução do homem desde seus primórdios até à era espacial. Foi baseado em duas obras de Arthur C. Clarke (The Sentinel e 2001: A Space Odyssey). Venceu o Oscar de efeitos especiais, mas concorreu em outras três categorias.

10. Laranja Mecânica (1971)
Clockwork Orange, nome original do filme, foi dirigido por Stanley Kubrick e tornou-se um clássico do cinema mundial. Baseado em romance homônimo de Anthony Burgess, o longa-metragem teve um orçamento de apenas 2,2 milhões de dólares e, em contrapartida, tornou-se um dos filmes mais influentes de sua época. Conta a história do jovem Alex DeLarge, líder de uma gangue de arruaceiros e dono de gostos díspares como música erudita, estupro e ultraviolência. Recebeu quatro indicações ao Oscar. Curiosidade: a banda Sepultura lançou no começo do ano o álbum A-lex, inspirado no livro.

11. Tubarão (1975)
Filme dirigido por Steven Spielberg baseado em romance homônimo de Peter Benchley. Relata a história de diversos ataques realizados por um tubarão branco, especialmente agressivo, a uma comunidade litorânea. Custou 8,5 milhões de dólares e, em dois anos de exibição, já havia faturado 260 milhões. Destaque para a trilha sonora, que dá frio no estômago a qualquer um que a escute. Levou três Oscars.

12. Casablanca (1942)
Considerado por muitos o melhor filme de todos os tempos, o longa-metragem dirigido por Michael Curtiz é baseado na obra de Murray Burnett e Joan Alison. Relata a saga dos cidadãos que tentavam fugir da Europa na época da ocupação nazista. Foi indicado a oitos Oscars, levando três deles (inclusive Melhor Filme). Consagrado pelas atuações carismáticas de Humphrey Bogart e Ingrid Bergman.

13. Clube da Luta (1999)
Dirigido por David Fincher, o filme é baseado no romance homônimo de Chuck Palahniuk. Narra a história de um executivo (Edward Norton), que trabalha como investigador em uma empresa de seguros e vive bem, embora tenha a existência vazia. Porém, sua vida muda com a chegada de Marla Singer (Helena Bonham Carter), uma sociopata com tendências suicidas que passa a ir à terapia por razões parecidas às dele.

14. O iluminado (1980)
Baseado no livro homônimo de Stephen King, o filme de Stanley Kubrick é estrelado por Jack Nicholson. Conta a história de uma família isolada em um hotel e, nessa situação, o filho do casal torna-se capaz de prever e rever acontecimentos, denotando uma inteligência incomum para a sua idade.
15. Orgulho e Preconceito (2005)
Filme dirigido por Joe Wright que conta a história de Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy. Faz crítica direta à sociedade baseada nos interesses de riqueza muito freqüentes na Inglaterra rural do século XVIII. Baseado na obra homônima de Jane Austen, o longa-metragem conta com a atuação de Keira Knightley e Matthew Macfadyen nos papéis principais. Curiosidade: o livro foi escrito antes mesmo que Jane Austen completasse 21 anos de idade.

16. O silêncio dos inocentes (1991)
Filme de suspense realizado por Jonathan Demme com roteiro baseado no livro homônimo de Thomas Harris. Relata a história da jovem agente do FBI Clarice Starling, que deve capturar o serial killer responsável pelo desaparecimento de diversas garotas. O elo de ligação? Ora, cada vítima tinha casulos de uma borboleta tropical no interior de seus corpos! Ganhou cinco Oscars nas principais categorias (Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz, Melhor Ator e Melhor Roteiro Adaptado).

17. O paciente inglês (1996)
Estrelado por Ralph Fiennes, o filme de Anthony Minghella acontece na Segunda Guerra Mundial quando uma enfermeira cuida de um homem ferido que, em seu leito de morte, relembra o passado e um romance marcante. Baseado no livro homônimo de Michael Ondaatje, foi indiacado a onze Oscars e levou oito (incluindo Melhor Filme).

18. Bonequinha de Luxo (1961)
Breakfast at Tiffany’s, título original da obra, é um filme dirigido por Blake Edwards com roteiro baseado em livro de Truman Capote. Narra a história de Holly (Audrey Hepburn) que, aos 14 anos, fugiu da fazenda onde morava para ser atriz de Hollywood. Porém, acaba em Nova Iorque onde trabalha para um chefe mafioso que a banca em troca de seus serviços escusos a homens ricos. Curiosidade: no livro de Capote, Holly é bissexual, mas isso não foi mostrado na película.

19. O exorcista (1973)
Filme de terror realizado por William Friedkin que conta a história da jovem Regan MacNeil, que tem seu corpo dominado por um demônio chamado Pazuzu liberado durante as escavações no Iraque. É inspirado no livro homônimo de William Petter Blatty e foi o primeiro filme de terror a vencer o Oscar: levou as estatuetas de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Som.

20. O talentoso Ripley (1999)
Longa-metragem de Anthony Minghella estrelado por Matt Damon. Conta a história de Tom Ripley, que possui o dom incomum de imitar com perfeição a assinatura, voz, trejeitos e qualquer outra característica das pessoas. É baseado em obra homônima de Patrícia Highsmith. Foi indicado a cinco Oscars, mas não levou nenhuma estatueta.

Prêmio de consolação: Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (2004)
Harry Potter não é propriamente "literatura", e (apesar de ser fã da série) não poderia estar nesta lista entre os 20 melhores. No entanto, o terceiro livro de J.K. Rowling, que foi levado às telonas por Alfonso Cuarón, não pode ser esquecido. Com uma direção brilhante, o filme desponta como a melhor adaptação da série bruxa para as telonas. Recebeu duas indicações ao Oscar e, assim como O Senhor dos Anéis, mostra que super produções também podem ser grandes adaptações (não sustentadas somente por efeitos especiais).

Jane Austen, Tolkien e JK Rowling nessa lista é tudo de bom. Apesar de que se eu fosse escolher, não seria nessa ordem... Mas enfim, A-DO-REI!!!!!!!!

Diga NÃO ao plágio!!!!!!




Divulgando um comunicado postado pela Vivi no Romance Gracinha e a opinião dela sobre o assunto.

A blogosfera literária unida vem através desta blogagem coletiva mostrar seu repúdio a aqueles que se utilizam dos textos alheios para se projetar na web. O mundo virtual dos blogs é um espaço livre, de compartilhamento de ideias e opiniões, mas essa liberdade também deve ser norteada pelos princípios da ética e da camaradagem.Infelizmente a ética e a camaradagem não têm sido respeitadas por algumas pessoas. Nos últimos dias tivemos conhecimento de que um dos blogs dedicados a falar sobre o universo dos livros o “Nossos Romances”, foi quase que totalmente copiado. A proprietária (e nós também) vimos que além do layout do blog, vários textos foram simplesmente transplantados de um blog para o outro. A confirmação do plágio se deu a partir da comprovação que as mesmas resenhas publicadas no blog Nossos Romances, estavam publicadas aqui.

Plágio 1
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Plágio 2
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Plágio 3
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Plágio 4
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Plágio 5
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Plágio 6
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As blogueiras têm consciência de quando os textos estão inseridos na internet, há possibilidade de menções e cópias, mas o que não é admitido é ter os nossos textos copiados, sem a nossa autorização ou, pelo menos, um aviso de que o texto será reproduzido. A falta desse aviso é compreendido pelas blogueiras como uma simples cópia com o intuito de aproveitar-se da audiência e/ou sucesso alheio. O caso do blog Nossos Romances que teve seu template e textos copiados, chegou a tal ponto que até o domínio .com.br foi registrado. A ação é considerada como plágio e a blogosfera literária repudia, abomina e em conjunto vai denunciar essa atitude.

Opinião da Vivi sobre o ocorrido:

"Engajei-me na blogagem coletiva por acreditar em tais ideais e, em igual medida, em solidariedade a Lili, dona por direito e excelência do blog Nossos Romances, que foi mais uma vítima da vilania e mesquinharia dos que sugam a energia vital dos que pensam e constroem com autenticidade. Escrevo agora tomada de indignação e tristeza porque a Lili com o seu excelente blog foi um dos agentes determinantes da existência do Romance Gracinha. Vê-la passando por tal situação me fere muitíssimo. Não se enganem! Caso como esses afetam a todos, pois a perda é coletiva. Perdemos em qualidade, perdemos em inspiração. Tenho plena consciência de que a questão do plágio, em razão de seu caráter complexo, não se esgota no que digo aqui. Também não me coloco na posição de ser a epítome da perfeição e acima de qualquer correção com relação ao assunto. Reconheço que tenho muito a aprender sobre. Mas, isso não me deixa menos avalizada para registrar o meu manifesto em prol da originalidade expresso nas palavras bem ditas da blogagem coletiva acima. Quem se sentir compelido a participar da causa, divulgue essa blogagem. Nós agradecemos."

Fui no blog Nossos Romances e é claro que a Lili estava furiosa. Também, quem não ficaria? Nem sei o que faria no lugar dela. Agora, perguntem: por que eu citei o comentário da Vivi? Eu respondo: por que ela expressa EXATAMENTE a indignação que eu senti ao ler a notícia e constatar da veracidade dela. Isso é muita sujeira!!!!!!!!! A internet é um meio de comunicação muito eficiente, mas as pessoas utilizam-se dele da pior maneira possível. Nesse caso, através do plágio, o(a) mentiroso(a) nem se toca de que pode ser descoberto. Ou seja, ele (a) não tem inteligência pra criar seu próprio blog, nem para perceber que pode ser descoberto!!!!! Fala sério, não é??????
Deixo aqui meu comentário sobre o assunto. Me solidarizo com a Lili e espero que o "esperto(a)" se toque e que, graças a divulgação dessa causa, os aparecimentos desses sem-noção virtuais diminuam!

1 de fev. de 2010

Jane Austen’s Songbook

O CD Jane Austen’s Songbook é um disco que reúne canções encontradas nos cadernos de música de Jane Austen. Segundo as informações que estão no encarte do disco, dois dos cadernos (são oito ao todo) foram copiados à mão pela própria escritora: um de peças para piano solo e outro de música vocal, sendo que este último encontra-se gravado na íntegra no referido CD. Lançado em 2004 pela Albany Records, as músicas são executadas por Julianne Baird (soprano), Laura Heimes (soprano) Anthony Boutté (tenor), Karen Flint (piano), Martin Davids (violino barroco) e Colin St. Martin (flauta barroca).


Caderno de partituras de Jane Austen


Segundo Caroline Austen, sobrinha de Jane, sua tia tocava de maneira "muito nítida e correta". Seu outro sobrinho, James Edward, ressaltava que Jane possuía uma voz doce e que gostava de cantar e tocar "canções antigas e simples". Tais canções falavam sobre romances de marinheiros, vida no campo, amor, Revolução Francesa, entre outros temas. É interessante observar que muitas dessas músicas copiadas por Jane são tocadas nas adaptações das obras da escritora para a TV e para o cinema. Como exemplo mais recente, temos a canção “The Irishman”, usada na série Emma (BBC, 2009), mais precisamente no final do segundo episódio, onde Jane Fairfax canta e toca piano na festa na casa dos Coles (a canção começa em 2:32).

Vídeo no Youtube: Emma (2009)

Fonte: Jane Austen Sociedade do Brasil