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9 de jul. de 2025

Emma (Nancy Butler)



Título: Emma
Autora: Nancy Butler
Editora Marvel, 120p.

Emma Woodhouse é jovem, bonita, elegante e tem mania de se achar a melhor casamenteira que existe. Quando conhece a jovem Harriet Smith, rapidamente se torna amiga dela e decide arrumar -lhe um marido. Ela só não imaginava que o pretendente que ela pensava estar morrendo de amor por Harriet estivesse tentando, na verdade, conquistar ela! Passado o engano, a decepção e o choro, Emma precisa lidar com a chegada da misteriosa Jane Fairfax e do charmoso Frank Churchill e, com isso, seus conceitos sobre amor e seus sentimentos de inveja.

Essa hq é uma graça. Amo que a caracterização da Emma se assemelha a da Gwyneth Paltrow, a melhor Emma na minha opinião. Eu já havia lido Orgulho e preconceito e Razão e sensibilidade da autora, então queria muito ler essa versão de Emma. Leitura rápida e divertida. Como sempre, em toda adaptação de Emma, a melhor parte é a chamada do Sr. Elton. Recomendo.

10 de jan. de 2025

The Hobbit (Brian Sibley)


Título:
The Hobbit: The desolation of Smaug oficial movie guide
Autor: Brian Sibley
Editora Mariner Books, 128p.

Sinopse: Journey deeper into the magical world of the hobbit, Bilbo Baggins, through exclusive interviews with director Peter Jackson, Martin Freeman, Orlando Bloom and principal filmmakers and new cast members, including Stephen Fry as the Master of Lake-town, Evangeline Lilly, who plays Tauriel the Elf, and Benedict Cumberbatch, who reveals film-making secrets about playing the dragon, Smaug.
Richly illustrated with a treasure trove of behind-the-scenes photos of the actors, creatures and costumes, and numerous special effects scenes, this essential guide is na indispensable companion to the second film in the award-winning trilogy.

Como o primeiro livro sobre o primeiro filme da trilogia cinematográfica de O Hobbit, esse também não deixa nada a desejar. O que eu mais tinha curiosidade em saber era sobre a escalação do ator para o Thranduil (sim, eu amei o Lee Pace). Com muitas informações e fotos, é um ótimo livro para fãs. Recomendo.

10 de mai. de 2023

Os filhos de Húrin (J.R.R. Tolkien)

 


Título: Os filhos de Húrin 
Autor: J.R.R. Tolkien 
 Editora HarperCollins, 288p 

Morgoth foi o primeiro Senhor do Escuro. Milhares de anos antes do Um anel ser destruído, os povos da Terra-media sofriam com suas terríveis maquinações. Durante uma das principais batalhas entre homens e elfos contra Morgoth, um guerreiro humano chamado Húrin é feito prisioneiro. Longe de se curvar as exigências de Morgoth e trair os elfos, Húrin devolve todas as provocações e desafios, mas acaba pagando um preço muito alto por isso: a destruição de sua própria família. Preso por um poder obscuro, ele é condenado a assistir sem poder fazer nada às péssimas escolhas e decisões tomadas por sua esposa e filhos que levam ao cumprimento da maldição de Morgoth. 

Bom, eu tenho a primeira edição desse livro em português, mas não podia deixar de comprar essa edição também. Além de ser um primor em todos os quesitos, traz também várias ilustrações lindas do Alan Lee. Essa é uma das histórias de Tolkien que sempre me causa o mesmo desespero e fascínio, não interessa quantas vezes eu leia. Os filhos de Húrin conta aquela história típica do "e se...", "mas ele chegou tão perto de não fazer isso...", "como tudo podia ser diferente...", e eu acho que essa é a graça dessa história (se você conseguir achar graça em um história que é só desgraça), porque você sabe que o destino dos personagens está traçado, mas mesmo assim percebe ou deseja que se as escolhas deles tivessem sido outras, as coisas não teriam sido tão desesperadoras. Fazia muito tempo que eu não pegava um livro de Tolkien para ler, então foi um prazer ler novamente essa história. Recomendo por óbvias razões.

12 de abr. de 2023

Jane Austen roubou meu namorado (Cora Harrison)


 

Título: Jane Austen roubou meu namorado: um diário secreto 
Autora: Cora Harrison 
Editora Rocco Jovens Leitores, 283p. 

Jenny Cooper está apaixonada pelo atraente capitão Thomas Williams e, o que é melhor, o sentimento é recíproco e verdadeiro. O único impedimento, como na maioria das vezes é, a família da jovem prima de Jane Austen. Na verdade, a família imediata (irmão, que foi nomeado seu tutor após a morte de sua mãe, e cunhada) porque os tios e a própria Jane torcem para que os dois fiquem juntos. Em meio à espera da resposta por seu irmão e da aprovação do tio de Thomas, Jane e Jenny se envolvem em várias aventuras (mais ou menos) românticas em busca de felicidade. 

Um livro fácil de ler, com nenhuma pretensão além de divertir. Eu sinceramente gosto dessas tentativas de se imaginar uma Jane Austen jovem e cheia de disposição para "juntar casais" e de se apaixonar também, já que sabemos pouco sobre os sentimentos da autora (e o que se sabe se deve as poucas correspondências que não foram destruídas após sua morte). Foi uma leitura rápida, o quase final me decepcionou, mas o fim mesmo foi o que eu esperava e torcia. Valeu cada minuto.

8 de mar. de 2023

Lições de poder (Vinicius Miranda e Rafael Soares)

 


Título: Lições de poder: o cristianismo em O senhor dos anéis 
Autores: Vinicius Miranda e Rafael Soares 
Editora 100% Cristão, 152p. 

Sinopse: Lições de Poder – Cristianismo em O Senhor dos Anéis é uma obra que responde uma das grandes dúvidas de muitos cristãos a respeito dos livros de fantasia: é possível aprender princípios bíblicos por meio deles? O que muitos leitores não sabem é a intensa relação do autor de O Senhor dos Anéis, J.R.R Tolkien (1892-1973), com a fé cristã e, por consequência, o uso de vários símbolos e elementos do cristianismo no incrível universo criado por ele, que é um dos mais influentes autores de todos os tempos. Os autores Vinicius A. Miranda e Rafael Soares, este um dos maiores especialistas em Tolkien no Brasil, percorrem essa trilha a partir de sua obra mais conhecida, que originou a trilogia mais premiada da história do cinema, O Senhor dos Anéis. Escrito para uma leitura envolvente, abrangente e cheia de surpresas para os fãs das histórias de Tolkien, os leitores serão contextualizados de como a fé cristã moldou a sua trajetória, bem como os livros que ele escreveu. Dessa forma, será possível aprender como os valores cristãos, mas também o pecado e o mal são retratados na obra de Tolkien, e as principais inspirações bíblicas que aparecem em O Senhor dos Anéis. 

Bom, a sinopse desse livro já diz o que se precisa saber sobre o tema. Tolkien era um católico fervoroso, isso qualquer fã sabe, e não são poucos os livros que abordam a questão da fé e sabedoria cristas em suas obras, mas essa foi a primeira vez que vi autores brasileiros falarem do assunto de forma tanto profunda quanto objetiva. A linguagem é leve, o livro se divide em capítulos pequenos que facilitam a leitura. Eu amei demais a diagramação do livro, as ilustrações e principalmente o capítulo sobre alegoria, que é algo que muito se discute sobre as obras de Tolkien (principalmente no que diz respeito ao Silmarillion, mas isso é conversa pra outra hora). De forma geral, esse livro foi uma boa surpresa.

20 de jan. de 2023

Jane Austen, adaptação e ironia (Genilda Azeredo)

Título: Jane Austen, adaptação e ironia: uma introdução 
Autora: Genilda Azerêdo 
Editora Manufatura, 120p. 

Sinopse: (...) a construção lenta e gradual de um estudo crítico do romance Emma e suas adaptações cinematográficas, em sua aparente singeleza, traça um painel em que várias questões relativas à obra de Austen, a aspectos teóricos cinematográficos e literários, são manejados com destreza e iluminam-se uns aos outros. Assim, além da elegância de estilo, da visão detalhista e meticulosa, da precisão de conceitos, Genilda seria dona ainda de uma outra característica, que poderia a meu ver explicar sua grande identificação com Jane Austen: uma ironia refinada, sedutora, pois percebemos por trás desse trabalho gostoso de ler, que flui como uma história bem contada, a existência de uma séria discussão aprofundada de questões fundamentais para os estudos literários e de cinema na atualidade. (Adaptado do Prefácio de Antônio João Teixeira – UEPG). 

Lá no início das minhas pesquisas sobre Austen, eu soube desse livro da Genilda. Nunca havia encontrado até dar sorte num sebo virtual. De pronto, a autora deixa claro que os textos do livro (são 7) resultam de sua pesquisa de doutorado sobre Jane Austen e as adaptações feitas para o cinema de suas obras. Um livro curto e objetivo no assunto que deseja abordar, os textos são muito bons, e mostram que a autora fez uma ótima análise sobre a questão da ironia mostrada nas adaptações dos romances.

7 de mar. de 2022

O senhor dos anéis: da ética à fantasia (Gabriele Greggersen)


 

Título: O senhor dos anéis: da ética à fantasia 
Autora: Gabriele Greggersen 
Editora Ultimato, 144p. 

Sinopse: Em O Senhor dos Anéis, nem o bem nem o mal existem como entidades abstratas. Eles são sempre praticados por alguém na vida cotidiana. O Senhor dos Anéis, então, é um “livro de ação”. Na Bíblia, igualmente, a questão do bem e do mal é preferencialmente ilustrada por histórias de vida. 
Não há na narrativa chavões moralizantes, como nos desenhos animados japoneses, que sempre terminam com a “chave de ouro” de uma fórmula pronta para consumo: “é preciso trabalhar em equipe”, “o crime não compensa”, etc. Em O Senhor dos Anéis, a moral vai se revelando por meio da ação das pessoas que vão mostrando na prática a maneira correta e a equivocada de agir. 
Tentar encontrar Deus diretamente na obra é, no mínimo, uma ofensa ao escritor, além de um abuso de sua arte. Por outro lado, nenhum autor, cristão ou não, pode negar sua visão de mundo quando escreve. Assim, erram tanto aqueles que procuram aplicações bíblicas diretas, quanto os que não vêem relação nenhuma entre O Senhor dos Anéis e a Bíblia. 
Não é por acaso, certamente, que Tolkien faz questão de frisar que todos os personagens maus já foram bons em algum momento do passado. Essa clara alusão à concepção do mal na Bíblia dificilmente poderia ser ignorada. 
Outras figuras, como Harry Potter, por exemplo, aparentemente já nasceram “boas”, ainda que incompreendidas e em condições desvantajosas, e o permanecem até o final. O oposto vale para os personagens do mal, como Voldemort, que é a única coisa que Harry diz que teme. [...] Mas isso não é um motivo para a queima dos livros da série na fogueira da inquisição. O único fogo que promovemos aqui é o do discernimento e da crítica, que, em última instância, provém de Deus, mediatizado pelo Espírito. 
Tolkien acreditava, sim, nos fenômenos ocultos, mas cria, acima deles, na intervenção divina na ordem “natural” das coisas. Ele confiava que os eleitos estão sob a proteção de Deus, o que fica muito claro nas inúmeras situações de “salvação” vividas por Frodo. 

Honestamente, eu fiquei sem saber exatamente o que pensar desse livro. Não entendi certas críticas que a autora faz a Harry Potter e a forma de escrita de JK Rowling. Às vezes pareciam críticas boas, outras, ruins. O que me chamou atenção é que a Gabriele foca não muito em uma ética em si, mas sim na tentativa de “aplicar” (por falta de palavra melhor) Deus e os ensinamentos bíblicos nas obras de Tolkien. De qualquer forma, foi uma leitura válida.

14 de fev. de 2022

Querida Jane Austen, uma homenagem


 

Título: Querida Jane Austen, uma homenagem
 Editora Bezz, 221p. 

Sinopse: No Bicentenário de falecimento da grande escritora inglesa JANE AUSTEN, o selo LEQUE ROSA não poderia ficar de fora dessa homenagem. 
À escritora que não teve medo de criticar a sociedade de seu tempo; 
À filha e irmã que sempre esteve ao lado de quem tanto amou; 
À mulher que acreditava no amor e, por isso, não se submeteu a um casamento por conveniência; 
À criadora de personagens masculinos que até hoje povoam o imaginário feminino; 
À pessoa que buscou a felicidade e acabou por trazê-la, com suas histórias, à vida de outras pessoas. 
Um livro de contos, de época e contemporâneos, inspirados nas histórias e personagens dessa talentosa escritora. 
Um livro para deixá-lo metade agonia, metade esperança e enfeitiçá-lo de corpo e alma... 
Uma Homenagem. 

Um livro com várias histórias que homenageiam Jane Austen e sua obra. Como não podia ser diferente, contos baseados em Orgulho e preconceito foram dominantes, mas os meus preferidos foram aqueles baseados em Persuasão (digam o que quiserem, ainda não existe carta apaixonada que supere a de Wentworth para Anne Elliot). Outa coisa boa que o livro traz fica para o fim, com os textos da Mara Sop sobre os costumes da época de Jane e da Vânia Nunes sobre os hábitos alimentares (com direito a dica de receita :D ) Livro muito indicado.

11 de nov. de 2020

Middle-Earth: Journeys in myth and legend (Donato Giancola)


Título: Middle-Earth: Journeys in myth and legend 
Autor: Donato Giancola 
Editora Dark horse, 200p. 

Sinopse: Quase 200 pinturas e desenhos incrivelmente realistas dão vida ao maior épico de fantasia de todos os tempos. O realismo clássico se une à narrativa contemporânea enquanto o artista Donato Giancola explora a grandeza mítica e os personagens icônicos da saga O Senhor dos Anéis de JRR Tolkien. 
Donato transformou o trabalho de sua vida em traduzir as palavras de Tolkien em visuais atraentes, com lindas pinturas a óleo e desenhos que lembram Rembrandt e Caravaggio. Suas interpretações da Terra-média abrangem toda a sua carreira, desde encomendas privadas até a edição de 2001 da adaptação de romance gráfico de O Hobbit, tudo coletado neste enorme compêndio - um must-have para colecionadores de Tolkien e fantasia. 

Esse livro é uma verdadeira maravilha! Além das ilustrações, o livro também traz os esboços e eu adoro esse tipo de coisa, ver como é o trabalho inicial dos artistas até o resultado final, com as imagens terminadas e coloridas. 
As ilustrações como as de Smaug parecem desenho, mas as todas as imagens que mostram humanos, como as de Gandalf, passam a impressão de serem mais, aquele tipo de imagem tão detalhada que se encaixa entre a foto e o desenho. Essas são as mais bonitas de todas pela capacidade de Donato em retratar o personagem (as de Gandalf, principalmente, parecem ilustrações relacionadas aos mitos gregos). 
Outra coisa que me chamou atenção e que eu gostei bastante foi a paleta de cores usadas nas imagens das florestas, o colorido e os tons usados de amarelo e verde saltam aos olhos de tal maneira que me deu vontade de imprimir algumas e transformar em quadros. Livro completamente recomendado.

9 de nov. de 2020

Among the Janeites (Deborah Yaffe)


Título: Among the janeites: a journey through the world of Jane Austen fandom 
Autora: Deborah Yaffe 
Editora Mariner Books, 272p. 

Deborah Yaffe oferece uma visão divertida do fandom de Jane Austen. Seu livro se divide em três partes: “Nos passos de Jane Austen”, onde ela fala dos fãs que se vestem como se vivessem na época de Austen e sobre visitar os lugares ligados a autora; “Relendo, reescrevendo”, que aborda como os fãs escrevem sobre Mr. Darcy, dentre outros; e “Na companhia de pessoas bem informadas”, que fala das sociedades Jane Austen, grupos de fãs que se dedicam inteiramente a escritora. 

Outro livro curto que devia ser maior, porque quando se trata de falar dos fãs de Jane Austen, parece que o assunto não tem fim. E é simplesmente uma delícia falar e ler sobre um fandom do qual faço parte e me identificar com algumas coisas que outras pessoas fazem. Além disso, eu tenho muita vontade de um dia conhecer os lugares relacionados a Jane Austen e suas obras. Esse livro é muito bom, porque fala do fandom de uma maneira prática. Muito recomendado.

9 de set. de 2020

A hobbit journey (Matthew Dickerson)


Título: A hobbit journey: discovering the enchantment of J. R. R. Tolkien's Middle-earth
Autor: Matthew Dickerson
Editora Brazos Press, 272p.

Matthew Dickerson, mostra neste livro como uma cosmovisão cristã e temas cristãos sustentam os escritos de Tolkien na Terra-média e como eles são fundamentalmente importantes para entender sua visão. A hobbit journey é uma revisão revisada e ampliada de Following Gandalf, e inclui novo material sobre tortura, justiça social e a importância do corpo.

De uns tempos para cá, o que não falta é livro analisando o aspecto cristão presente nas obras de Tolkien. Não quero me ater ao fato de que Matthew Dickerson é um especialista em Tolkien (portanto, ele já leu e estudou as obras do autor várias vezes), e talvez isso faça a diferença na hora de se escrever sobre um assunto (ser especialista ou não, já que isso, para mim, requer um nível de paixão pelo assunto), mas acaba que esse livro é diferente de vários outros com o mesmo tema. Claro que como os outros, este fala sobre sabedoria, moralidade de importância atemporal, escolhas e liberdade, mas de uma forma que torna a trilogia O Senhor dos Anéis relevante nos dias atuais. E é exatamente esse o chamariz do livro. Muito recomendado.

3 de set. de 2020

Pride, Prejudice and popcorn (Carrie Sessarego)


Título: Pride, Prejudice and popcorn: TV and film adaptations of Pride and Prejudice, Wuthering Heights, and Jane Eyre
Autora: Carrie Sessarego
Editora Mills & Boon E, 141p.

A blogueira Carrie Sessarego divide seu livro em três partes, cada uma dedicada a três livros: Jane Eyre, Orgulho e preconceito, e O morro dos ventos uivantes. Ela aborda o livro, o cenário geral, as adaptações e oferece um veredito sobre cada um, listando os altos e baixos das adaptações.

Confesso, nunca ouvi falar dessa blogueira, mas enquanto lia esse livro eu fui atrás para saber mais informações (o blog é Smart bitches trashy books). De um jeito estranho, enquanto lia acabei me identificando com algumas das colocações da autora sobre os livros. Por exemplo: ela fala que foram as adaptações que abriram a mente dela para Orgulho e preconceito (comigo foi o mesmo), e que odiava O morro dos ventos uivantes mas passou a entender os temas e a história melhor depois. Além disso, como ela, minha leitura de Jane Eyre me fez respeitar a protagonista. O livro é bem curtinho, só tem 141 páginas, mas vale cada minuto.

8 de jul. de 2020

The unofficial hobbit handbook (Peter Archer)


Título: The unofficial hobbit handbook: everything I need to know about life I learned from Tolkien
Autor: Peter Archer
Editora Writer's Digest Books, 240p.

The Unofficial Hobbit Handbook é um manual que ensina a se familiarizar com os povos da Terra-média (homens, elfos). Com ele, se aprende sobre as criaturas perigosas que se escondem nas terras além do Condado (orcs, lobos e dragões). Além disso, o livro ensina a usar táticas de hobbit para fugir, se esconder e desaparecer, e o mais importante, descobre-se a etiqueta adequada para a entrega e resolução ou enigmas.

Um livro muito divertido, cheio de conselhos para quem quer viver com simplicidade como Bilbo ou para quem quer se aventurar em terras desconhecidas (novamente, igual Bilbo). Claro que o primeiro capítulo tinha que falar sobre comida, bebida e erva de fumo kkkkkkk mas meu capítulo preferido é o 9, “Resolvendo enigmas”. Recomendo.

6 de jul. de 2020

The making of Jane Austen (Devoney Looser)


Título: The making of Jane Austen
Autora: Devoney Looser
Editora John Hopkins University Press, 304p.

The making of Jane Austen begins with the premise that Austen’s posthumous journey to becoming an icon looks very different when we take the back roads. It looks very different when it’s not narrated by protected collateral descendants or prevailing cultural gatekeepers, by relatives or literati. We get a different history of Austen – author, woman, and works – from perspectives of literary populism, moments of commercial opportunism, or political and cultural clashes.

É exatamente isso. Looser mostra como figuras como George Pellew (autor da primeira dissertação sobre Austen) e Ferdinand Pickering (primeiro ilustrador inglês dos trabalhos da autora) e seus trabalhos inspirados em Austen transformaram a reputação dela, assim como Austen moldou profundamente a deles. Looser descreve os fatores e influências que alteraram radicalmente a imagem em evolução de Austen. Com base em material inexplorado, Looser examina como os ecos desse trabalho repercutem em nossas explicações sobre o poder literário e cultural de Austen.

O livro se divide em três partes: a primeira fala da importância da autora; a segunda aborda as dramatizações de suas obras; e na terceira Looser fala mais do aspecto político, incluindo a inspiração para o movimento feminista (gostei muito desse capítulo). De modo geral, é um livro excelente. Você não precisa ser uma Janeite para ler, mas de qualquer forma, a autora faz com que se reflita sobre como nossa própria ideia de Jane foi construída pelo que nós lemos e vimos adaptado. Livro muito recomendado.

13 de dez. de 2019

O hobbit e a filosofia (William Irwin)


Título: O Hobbit e a filosofia
Autor: William Irwin
Editora BestSeller, 265p.

Sinopse: O que é mais importante na vida: a comida e a bebida ou o ouro acumulado? Ou nenhum dos dois? Os hobbits são taoistas? Afinal, Bilbo trapaceou e roubou o Um Anel de Gollum? A partir dessas e muitas outras questões, O 'Hobbit e a filosofia' faz uma análise filosófica de um dos maiores clássicos da literatura fantástica de todos os tempos.

Um livro que não tem nada de simplista, e que transforma O Hobbit em mais do que uma simples história infantil. O bom dos livros editados por William Irwin é a linguagem informal que ele utiliza para criar um livro que mescla a fantasia criada por Tolkien com assuntos do nosso dia-a-dia. Sentimentos e situações são comparados aos vividos pelo leitor, levando a reflexões variadas acerca do ser humano. Indico.

11 de dez. de 2019

As sombras de Longbourn (Jo Baker)


Título: As sombras de Longbourn
Autora: Jo Baker
Editora Cia. das Letras, 450p.

Sarah e Polly são as duas criadas da família Bennet. Junto com Mr. e Mrs. Hill, mordomo e governanta respectivamente, trabalham para a família faz tempo, mas diferente de Polly, Sarah ainda lembra de sua antiga vida e sonha com uma vida melhor, não consegue se contentar com o que tem, mesmo que seu trabalho lhe proporcione segurança. Tudo muda quando Mr. Bennet resolve contratar um jovem, James, como lacaio. Junto com esse novo membro da criadagem, chega também um solteiro que logo se torna cobiçado pelas jovens da região, Mr. Bingley, que traz com ele Mr. Darcy...

Eu tinha uma ideia completamente diferente do que eu iria encontrar ao ler esse livro. Já sabia que seria Orgulho e preconceito do ponto de vista dos criados, e achei que seria uma chatice, mas não. Foi interessante ver os acontecimentos da casa dos Bennet pelo ponto de vista dos criados e ver como, para eles, a vida e a preocupação dos patrões parece um pouco absurda, às vezes até mesmo egoísta, enquanto a deles é tão mais real (como quando a Mrs. Hill tem medo de perder o emprego quando Mr. Collins assumir a casa).

12 de nov. de 2019

Jane Austen for dummies (Joan Klingel Ray)


Título: Jane Austen for dummies
Autora: Joan Klingel Ray
Editora Wiley Publishing, 361p.

Sinopse: Deseja saber mais sobre Jane Austen? Este guia amigável dá a colher sua vida, obras e impacto duradouro em nossa cultura. Ele narra os acontecimentos de sua breve vida, examina cada um de seus romances e analisa por que suas histórias - de mulheres e casamento, classe e dinheiro, escândalo e hipocrisia, emoção e sátira - ainda têm significado para nós hoje.

Eu sempre tive uma curiosidade enorme em ler algum livro dessa série “For dummies”, justamente por causa desse nome. Achei que me divertiria por isso, e sim, o livro é bom, mas não no sentido cômico. Ele traz uma boa introdução a quem foi Jane Austen, em que época viveu e como isso influenciou na escrita de suas obras, os costumes e comportamento que ela retrata nos livros. Um guia simples e detalhado, muito fácil de ler. Recomendo.

27 de set. de 2019

Frodo’s journey (Joseph Pearce)


Título: Frodo’s journey: discovering the hidden meaning of The Lord of the Rings
Autor: Joseph Pearce
Editora Saint Benedict, 174p.

Joseph Pearce aborda o significado cristão presente em O Senhor dos Anéis. Ele fala de cada um dos aspectos da história e como se entrelaçam com eventos do cristianismo.

There is a mystery at the heart of The Lord of the Rings that continues to baffle and confuse the critics. Is it “a fundamentally religious and Catholic work,” as Tolkien claimed in a letter to his Jesuit friend, Father Robert Murray, in December 1953, or is it, as he claimed in the foreword to the second edition of The Lord of the Rings, devoid of any intentional meaning or “message”?

Peguei esse livro só por mera curiosidade e o que tenho a dizer é que, enquanto apresenta bons insights sobre O Senhor dos Anéis, não se difere muito de outros livros que analisam a obra de Tolkien sob a ótica cristã; mas enquanto o tema é mesmo, alguns autores conseguem abordar de uma nova forma.
Joseph Pearce começa falando de alegorias, algo que Tolkien não gostava, e como O Senhor dos Anéis é e ao mesmo tempo não é uma alegoria (se baseando nas cartas do autor), e eu achei interessante essa abordagem, mas a leitura começou a arrastar quando vi que o autor passa o resto do livro falando sobre isso. Ele aponta a contradição entre O Senhor dos Anéis ser uma obra fundamentalmente cristã (nas palavras do próprio autor), enquanto também está “desprovido de qualquer significado intencional ou mensagem”, e a partir daí, é como se quisesse provar que a história é sim uma alegoria.
Ficou cansativo de ler mais para o fim, mas como não gosto de deixar uma leitura inacabada... Se quiser um livro somente por buscar um novo ponto de vista sobre o assunto “Tolkien e cristianismo”, recomendo que leia, caso contrário...

25 de set. de 2019

Everybody's Jane (Juliette Wells)


Título: Everybody's Jane: Austen in the popular imagination
Autora: Juliette Wells
Editora Continuum, 256p.

O primeiro livro a investigar o significado popular de Jane Austen hoje. Fazendo uso de entrevistas realizadas com turistas literários e de pesquisas de arquivos sobre a Fundação da Jane Austen Society da América do Norte e da excepcional coleção Austen de Alberta Hirshheimer Burke de Baltimore, o livro foca nos leitores comuns ao invés dos estudiosos e analisa como tais leituras fazem uso dos romances de Austen, porque criam obras baseadas em seus livros e em sua vida.

É sempre bom ver autores clássicos sendo analisados através de uma ótica moderna, sobre sua fama na atualidade. É um livro agradável de ler, porque não fala só da popularidade da autora e do porquê de seu nome ser bastante valorizado e comercializado, mas porque foca em quem lê seus livros e gosta e recomenda, não somente os estudiosos, mas leitores que buscam uma leitura prazeirosa. Porque é viável discutir Jane Austen e suas obras nos dias de hoje, porque sua leitura ainda cativa, o que existe nas histórias que continuam atraindo leitores, tudo isso é discutido, neste livro feito para fãs. Recomendo.

20 de set. de 2019

The Hobbit (Brian Sibley)


Título: The Hobbit: an unexpected journey official movie guide
Autor: Brian Sibley
Editora HarperCollins, 168p.

Sinopse: Entre no mundo de Bilbo Baggins por meio de entrevistas exclusivas com o diretor Peter Jackson, Martin Freeman, Ian McKellen e todos os principais atores e cineastas, que compartilham segredos e histórias sobre como era realmente fazer a magia do cinema na Terra-média. Ricamente ilustrado com centenas de fotos dos bastidores dos atores, locações, cenários, criaturas e fantasias, O Hobbit: Uma Viagem Inesperada Guia Oficial do Filme foi produzido em colaboração com os cineastas que trouxeram o romance clássicos de J.R.R. Tolkien em uma vida tridimensional de tirar o fôlego.

Este livro é o primeiro escrito por Brian Sibley sobre a trilogia d’O Hobbit no cinema. Com umas ilustrações maravilhosas e aquele tipo de curiosidade que ninguém imagina, o livro traz muita informação sobre Uma viagem inesperada (que eu considero o melhor filme, porque depois é só ladeira abaixo, até hoje não entendo como conseguiram transformar essa trilogia num fracasso).
Cada um dos novos atores tem sua própria pagina, onde eles falam de seus personagens e onde se comenta como foi criar as personalidades, figurinos e cenas. Duas coisas que eu gostei muito: quando falam dos figurinos (as roupas da Galadriel e quando os atores da trilogia O Senhor dos Anéis falam sobre voltar a Terra-média. Livro recomendado.