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8 de mar. de 2023

Lições de poder (Vinicius Miranda e Rafael Soares)

 


Título: Lições de poder: o cristianismo em O senhor dos anéis 
Autores: Vinicius Miranda e Rafael Soares 
Editora 100% Cristão, 152p. 

Sinopse: Lições de Poder – Cristianismo em O Senhor dos Anéis é uma obra que responde uma das grandes dúvidas de muitos cristãos a respeito dos livros de fantasia: é possível aprender princípios bíblicos por meio deles? O que muitos leitores não sabem é a intensa relação do autor de O Senhor dos Anéis, J.R.R Tolkien (1892-1973), com a fé cristã e, por consequência, o uso de vários símbolos e elementos do cristianismo no incrível universo criado por ele, que é um dos mais influentes autores de todos os tempos. Os autores Vinicius A. Miranda e Rafael Soares, este um dos maiores especialistas em Tolkien no Brasil, percorrem essa trilha a partir de sua obra mais conhecida, que originou a trilogia mais premiada da história do cinema, O Senhor dos Anéis. Escrito para uma leitura envolvente, abrangente e cheia de surpresas para os fãs das histórias de Tolkien, os leitores serão contextualizados de como a fé cristã moldou a sua trajetória, bem como os livros que ele escreveu. Dessa forma, será possível aprender como os valores cristãos, mas também o pecado e o mal são retratados na obra de Tolkien, e as principais inspirações bíblicas que aparecem em O Senhor dos Anéis. 

Bom, a sinopse desse livro já diz o que se precisa saber sobre o tema. Tolkien era um católico fervoroso, isso qualquer fã sabe, e não são poucos os livros que abordam a questão da fé e sabedoria cristas em suas obras, mas essa foi a primeira vez que vi autores brasileiros falarem do assunto de forma tanto profunda quanto objetiva. A linguagem é leve, o livro se divide em capítulos pequenos que facilitam a leitura. Eu amei demais a diagramação do livro, as ilustrações e principalmente o capítulo sobre alegoria, que é algo que muito se discute sobre as obras de Tolkien (principalmente no que diz respeito ao Silmarillion, mas isso é conversa pra outra hora). De forma geral, esse livro foi uma boa surpresa.

20 de jan. de 2023

Jane Austen, adaptação e ironia (Genilda Azeredo)

Título: Jane Austen, adaptação e ironia: uma introdução 
Autora: Genilda Azerêdo 
Editora Manufatura, 120p. 

Sinopse: (...) a construção lenta e gradual de um estudo crítico do romance Emma e suas adaptações cinematográficas, em sua aparente singeleza, traça um painel em que várias questões relativas à obra de Austen, a aspectos teóricos cinematográficos e literários, são manejados com destreza e iluminam-se uns aos outros. Assim, além da elegância de estilo, da visão detalhista e meticulosa, da precisão de conceitos, Genilda seria dona ainda de uma outra característica, que poderia a meu ver explicar sua grande identificação com Jane Austen: uma ironia refinada, sedutora, pois percebemos por trás desse trabalho gostoso de ler, que flui como uma história bem contada, a existência de uma séria discussão aprofundada de questões fundamentais para os estudos literários e de cinema na atualidade. (Adaptado do Prefácio de Antônio João Teixeira – UEPG). 

Lá no início das minhas pesquisas sobre Austen, eu soube desse livro da Genilda. Nunca havia encontrado até dar sorte num sebo virtual. De pronto, a autora deixa claro que os textos do livro (são 7) resultam de sua pesquisa de doutorado sobre Jane Austen e as adaptações feitas para o cinema de suas obras. Um livro curto e objetivo no assunto que deseja abordar, os textos são muito bons, e mostram que a autora fez uma ótima análise sobre a questão da ironia mostrada nas adaptações dos romances.

7 de mar. de 2022

O senhor dos anéis: da ética à fantasia (Gabriele Greggersen)


 

Título: O senhor dos anéis: da ética à fantasia 
Autora: Gabriele Greggersen 
Editora Ultimato, 144p. 

Sinopse: Em O Senhor dos Anéis, nem o bem nem o mal existem como entidades abstratas. Eles são sempre praticados por alguém na vida cotidiana. O Senhor dos Anéis, então, é um “livro de ação”. Na Bíblia, igualmente, a questão do bem e do mal é preferencialmente ilustrada por histórias de vida. 
Não há na narrativa chavões moralizantes, como nos desenhos animados japoneses, que sempre terminam com a “chave de ouro” de uma fórmula pronta para consumo: “é preciso trabalhar em equipe”, “o crime não compensa”, etc. Em O Senhor dos Anéis, a moral vai se revelando por meio da ação das pessoas que vão mostrando na prática a maneira correta e a equivocada de agir. 
Tentar encontrar Deus diretamente na obra é, no mínimo, uma ofensa ao escritor, além de um abuso de sua arte. Por outro lado, nenhum autor, cristão ou não, pode negar sua visão de mundo quando escreve. Assim, erram tanto aqueles que procuram aplicações bíblicas diretas, quanto os que não vêem relação nenhuma entre O Senhor dos Anéis e a Bíblia. 
Não é por acaso, certamente, que Tolkien faz questão de frisar que todos os personagens maus já foram bons em algum momento do passado. Essa clara alusão à concepção do mal na Bíblia dificilmente poderia ser ignorada. 
Outras figuras, como Harry Potter, por exemplo, aparentemente já nasceram “boas”, ainda que incompreendidas e em condições desvantajosas, e o permanecem até o final. O oposto vale para os personagens do mal, como Voldemort, que é a única coisa que Harry diz que teme. [...] Mas isso não é um motivo para a queima dos livros da série na fogueira da inquisição. O único fogo que promovemos aqui é o do discernimento e da crítica, que, em última instância, provém de Deus, mediatizado pelo Espírito. 
Tolkien acreditava, sim, nos fenômenos ocultos, mas cria, acima deles, na intervenção divina na ordem “natural” das coisas. Ele confiava que os eleitos estão sob a proteção de Deus, o que fica muito claro nas inúmeras situações de “salvação” vividas por Frodo. 

Honestamente, eu fiquei sem saber exatamente o que pensar desse livro. Não entendi certas críticas que a autora faz a Harry Potter e a forma de escrita de JK Rowling. Às vezes pareciam críticas boas, outras, ruins. O que me chamou atenção é que a Gabriele foca não muito em uma ética em si, mas sim na tentativa de “aplicar” (por falta de palavra melhor) Deus e os ensinamentos bíblicos nas obras de Tolkien. De qualquer forma, foi uma leitura válida.

25 de set. de 2019

Everybody's Jane (Juliette Wells)


Título: Everybody's Jane: Austen in the popular imagination
Autora: Juliette Wells
Editora Continuum, 256p.

O primeiro livro a investigar o significado popular de Jane Austen hoje. Fazendo uso de entrevistas realizadas com turistas literários e de pesquisas de arquivos sobre a Fundação da Jane Austen Society da América do Norte e da excepcional coleção Austen de Alberta Hirshheimer Burke de Baltimore, o livro foca nos leitores comuns ao invés dos estudiosos e analisa como tais leituras fazem uso dos romances de Austen, porque criam obras baseadas em seus livros e em sua vida.

É sempre bom ver autores clássicos sendo analisados através de uma ótica moderna, sobre sua fama na atualidade. É um livro agradável de ler, porque não fala só da popularidade da autora e do porquê de seu nome ser bastante valorizado e comercializado, mas porque foca em quem lê seus livros e gosta e recomenda, não somente os estudiosos, mas leitores que buscam uma leitura prazeirosa. Porque é viável discutir Jane Austen e suas obras nos dias de hoje, porque sua leitura ainda cativa, o que existe nas histórias que continuam atraindo leitores, tudo isso é discutido, neste livro feito para fãs. Recomendo.

14 de ago. de 2019

Tolkien among the moderns (Ralph C. Wood)


Título: Tolkien among the moderns
Autor: Ralph C. Wood
Editora University of Notre Dame Press, 312p.

Enquanto muitos críticos conseguem perceber que a obra de Tolkien está imbuída de sua visão moral e religiosa, é menos evidente para eles que o autor confronte as principais preocupações filosóficas e literárias abordadas pelos escritores e pensadores modernos. Pelos nove capítulos, este livro coloca as obras de Tolkien em compromisso com os dilemas modernos. Estes nove ensaios nasceram de um seminário chamado “Reading Tolkien and Living the Virtues, resultado de encontros de acadêmicos de várias faculdades e universidades americanas e também de várias disciplinas, patrocinado pelo Programa Lilly Fellows em Humanidades e Artes, realizado na Universidade Baylor.

Este livro foi um achado. Confesso que fiquei um pouco confusa no início da leitura, mas por sorte, desde a introdução, já fica claro que o objetivo do livro é justamente mostrar que Tolkien aborda SIM as mesmas questões que escritores modernos apresentam em suas obras. Ele tem poucos capítulos, mas cada um analisa de forma inteligente e objetiva o aspecto da obra que se propõe. Meus dois capítulos favoritos: Helen Lasseter Freeh analisa O Silmarillion e conclui que nada está determinado e que cada pessoa é livre para fazer suas próprias escolhas; Michael Thomas compara Dom Quixote e seu escudeiro com Frodo e Sam. Livro completamente recomendado.

12 de jul. de 2019

J.R.R. Tolkien’s The Lord of the Rings


Título: J.R.R. Tolkien’s The Lord of the Rings
Editora Chelsea House Publications, 208p.

Esse é o terceiro livro que leio que faz parte da série editada por Harold Bloom, Bloom’s Modern Critical Views (a introdução é dele também). Diferente do outro livro já resenhado sobre Tolkien, esta edição traz 11 artigos, a cronologia de Tolkien e uma bibliografia, além de um pequeno resumo sobre cada um dos autores.

Why is the Rings being widely read today? At a time when perhaps the world was never more in need of authentic experience, this story seems to provide a pattern of it.

O primeiro artigo, "Epic Pooh", de Michael Moorcock, já começa respondendo uma pergunta que eu acho que todo leitor de Tolkien, na verdade, todo leitor já ouviu: por que se repete a leitura de um livro? Por que se lê um livro com ideias que parecem tão arcaicas nos nossos tempos modernos? E o próprio autor responde. Fiquei surpresa com a maioria dos textos desse livro, porque apesar de algumas dos assuntos já terem sido levantados em discussões de fãs (como a questão dos “lados negros” de Gandalf e Galadriel), outros eu nunca tinha visto pelos ângulos abordados (em “Queer” Hobbits: The Problem of Difference in the Shire). Mais um livro completamente recomendado.

10 de jul. de 2019

Jane Austen


Título: Jane Austen
Editora Chelsea House Publications, 315p.

The oddest yet by no means inapt analogy to Jane Austen’s art of representation is Shakespeare’s—oddest, because she is so careful of limits, as classical as Ben Jonson in that regard, and Shakespeare transcends all limits.

Esse livro faz parte da série editada pelo famoso Harold Bloom, Bloom’s Modern Critical Views. Ele também faz a introdução do livro, discutindo a relação entre Austen e Shakespeare, Samuel Richardson e Dr. Samuel Johnson.
Trazendo 12 artigos escritos por autores diferentes, o livro também conta com uma cronologia da vida de Jane Austen e uma extensa bibliografia.

Eu sempre quis ler os livros da série editada por Harold Bloom, então fiquei muito feliz quando acabei encontrando alguns sobre Jane Austen e Tolkien. Os artigos são muito bons, e cada um dos autores faz uma bela análise do que se propõe. Neste livro sobre Jane Austen, a própria introdução de Bloom já dá uma mostra do nível da publicação e me fez pensar nessa comparação entre Austen e Shakespeare.

Inspired by Wollstonecraft’s attempt to develop women’s ability to think rationally, Jane Austen portrayed the heroines of her novels, not as the women of sensibility celebrated by the romantic poets and the prevailing ideological doctrine of the separate spheres which consigned women to the role of promoting the domestic affections. Instead her heroines are women of sense, women like Elinor Dashwood who refuse to succumb to erotic passion. Even those heroines who are seduced by Gothic romances and fairy tales of romantic love, like Catherine Morland in Northanger Abbey, are capable of recognizing the errors of their youthful delusions.

Os dois artigos que mais gostei, surpreendentemente, foram "A Model of Female Excellence: Anne Elliot, Persuasion, and the Vindication of a Richardsonian Ideal of the Female Character" (Anne Elliot não é nem de longe minha heroína favorita) e a comparação entre Austen e Shelley em "Why Women Didn’t Like Romanticism: The Views of Jane Austen and Mary Shelley" (na verdade, ess eé o melhor artigo e só meu deu vontade de sair mostrando pra todo mundo ver que Jane Austen não é livro de romancezinho besta). Livro muito indicado.

10 de abr. de 2019

J.R.R. Tolkien


Título: J.R.R. Tolkien
Editora Chelsea House Publications, 179p.

Though written in prose, The Lord of the Rings is unquestionably heir to Western epic traditions, both classical and medieval-vernacular.

Com 10 artigos sobre Tolkien, o livro editado e introduzido por Harold Bloom, da série "Bloom’s Modern Critical Views", analisa e discute tanto a forma de escrita de Tolkien quanto suas obras, e traz textos de especialistas em Tolkien como Jane Chance e Verlyn Flieger.

The Hobbit continues to be a story written for extremely intelligent children of all ages [...]

O melhor artigo desse volume se chama Tolkien, Epic Traditions, and Golden Age Myths, de Charles A. Huttar. O de Jane Chance, The King under the Mountain: Tolkien’s Children’s Story, também chama atenção porque a autora consegue mostrar que, enquanto muitos críticos notam o tom adulto da história, muitos não justificam o nível infantil, e o interessante é que O Hobbit, apesar de seu enredo, foi elaborado como livro infantil. Uma das coisas que me levou a refletir foi a colocação de Harold de que Bilbo é um personagem de quem é mais fácil gostar do que Frodo, porque Bilbo é o hobbit com quem as coisas acontecem, enquanto Frodo é o hobbit que faz as coisas acontecerem. 

Essa diferenciação, que também tem a ver com as suas histórias (O Hobbit é um livro infantil, O Senhor dos Anéis não), me levou a torcer a cara para o livro mais de uma vez, mesmo conseguindo entender a colocação de Bloom. Não quero abordar cada um dos artigos para evitar dar spoiler, o que posso dizer é que esse foi um dos livros de estudos sobre Tolkien que já li, completamente recomendado.

20 de out. de 2017

Tolkien and the Silmarils (Randel Helms)


Título: Tolkien and the Silmarills
Autor: Randel Helms
Editora Houghton Mifflin.

The Silmarillion is J. R. R. Tolkien's most complex and challenging work; this book attempts to provide a way through its difficulties with an account of its origins, sources, and themes, and of the relationship it bears to the author's other writings.

Na falta de uma sinopse, resolvi escolher esse trecho que diz tudo que se precisa saber sobre a pretensão do autor. Esse livro foi mais uma raridade (ele é de 1981!) que consegui e quis ler só para sanar a curiosidade. Mais uma vez, outro autor que dedica um capítulo inteiro para falar da mitologia presente em O Silmarillion. Fiquei decepcionada porque parece que o autor queria “jogar” a Bíblia em cada aspecto da obra de Tolkien, enquanto mal mencionava outras sagas que tiveram igual importância na criação da Terra-média, como Volsunga saga e a história dos nibelungos, só para citar exemplos. Esperei demais do livro, só valeu para matar a curiosidade, adoro O Silmarillion então tudo sobre essa obra me interessa.

19 de jun. de 2017

Explorando o universo do Hobbit (Corey Olsen)


Título: Explorando o universo do Hobbit
Autor: Corey Olsen
Editora Lafonte, 256p.

Sinopse: Segredos e curiosidades de um dos livros mais lidos do século XX. Explorando o Universo do Hobbit é um livro divertido e visionário, que apresenta uma interpretação detalhada de O Hobbit, um dos maiores clássicos da literatura fantástica. Por meio de uma jornada capítulo a capítulo através do clássico de Tolkien, Corey Olsen realiza uma análise profunda, revelando detalhes que muitas vezes não são percebidos pelos leitores e expectadores, que tornam a leitura do original mais rica, curiosa e ainda mais relevante. Enfim, este não é um simples guia de leitura, mas uma obra para a compreensão dos principais aspectos de O Hobbit, a filosofia na construção de cada etapa da história, capaz de transformar a leitura comum em uma experiência única.

Corey Olsen é um professor de literatura muito conceituado, que explora as obras de Tolkien em seus estudos e ensinamentos. Dito isso, você percebe logo de cara que um livro dele falando d’O Hobbit tem muito a dizer. Através das suas análises que destrincham os significados dos elementos e personagens que compõe a história, o leitor também consegue entender mais o próprio Tolkien. As análises são muito boas e bastante profundas, vale cada minuto da leitura.

19 de mai. de 2017

A sabedoria do Condado (Noble Smith)


Título: A sabedoria do Condado
Autor: Noble Smith
Editora Novo Conceito, 174p.

Sinope: Um guia do Hobbit para a vida de milhões de fãs do J.R.R. Tolkien. Smith mostra que uma toca-hobbit é, na verdade, um estado de espírito e como até as menores pessoas podem ter o valor de um Cavaleiro de Rohan. Ele explora assuntos importantes para os hobbits, como cerveja, comida e amizade, mas também assuntos mais sérios, como coragem, vida em harmonia com a natureza e bem versus mal. Como prazeres simples como jardinagem, longas caminhadas e refeições deliciosas com amigos podem fazer você significativamente mais feliz? Por que o ato de dar presentes no seu aniversário em vez de recebê-los é uma ideia tão revolucionária? E como podemos carregar nosso próprio “anel mágico” sem sermos devorados por ele? "A Sabedoria do Condado" tem a resposta para essas perguntas.

Gosto de acreditar que Tolkien tenha sido o primeiro historiador da realidade alternativa.

É assim que Noble Smith começa seu livro. Foi uma leitura fácil e rápida, até porque eu queria muito ler esse livro faz tempo. Fui deixando de lado porque minha lista de leitura estava muito grande, e também eu achava que seria mais um desses livros em que o autor pega as obras de Tolkien e sai analisando cada parte deles de acordo com temas filosóficos. Na verdade, o livro é uma análise, mas Noble colocou algumas de suas próprias experiências para ilustrar seu ponto de vista, e isso fez o livro valer a pena. Sua maneira de escrever é clara, a linguagem não é complicada, o que deixou a leitura ser divertida. Lançado na época do filme d’O Hobbit, esse pequeno livro-guia de como-a-sua-vida-pode-ser-boa-se-você-tiver-bons-ideais é muito recomendado.

18 de jun. de 2013

Tales before Tolkien (Douglas A. Anderson)


Título: Tales before Tolkien: the roots of modern fantasy
Autor: Douglas A. Anderson
Editora Del Rey Books, 517p.

Uma antologia que reune 21 histórias pequenas, de autores cujos temas e personagens apresentam semelhanças com aqueles criados por Tolkien, comumente conhecido como o pai da fantasia moderna. A cada história, Douglas Anderson inclui notas e observações próprias que servem para introduzir o leitor, seja ele fã ou não de Tolkien. As histórias foram dispostas cronologicamente, elas são contos de fadas e histórias fantásticas sobre uma variedade de mitos antigos. Andrew Lang reconta a jornada de Sigurd, enquanto Kenneth Morris conta a história de um viking e sua recusa em abandonar sua religião para seguir o cristianismo. E assim por diante.

Como tudo sobre Tolkien que me cai em mãos, estava muito ansiosa para ler esse livro. Só que, como tudo sobre Tolkien, eu adquiro um livro novo sobre o autor e fico “rendendo”, guardando ele pra ler no futuro, já que não consigo comprar tantas publicações internacionais sobre o autor e as edições brasileiras são bem raras... Simplesmente amei esse livro. Algumas das pequenas histórias, como o próprio Anderson admite, não tem nada a ver com os trabalhos de Tolkien, só foram incluídas para que o leitor tenha uma noção dos escritos de fantasia na virada do século. Mesmo assim, eu recomendo.

7 de ago. de 2012

Explicando Tolkien (Ronald Kyrmse)


Título: Explicando Tolkien
Autor: Ronald Kyrmse
Editora Martins Fontes, 180 p.

Neste livro, Ronald Kyrmse aborda cada aspecto do mundo imaginado por Tolkien: suas eras, suas línguas e escritas, a geografia, a fauna e a flora, dentre outros aspectos. Ele também analisa a questão do mito presente na obra, mas a parte mais interessante é seu relato sobre como havia se tornado fã de Tolkien, abordando a questão dos críticos contra e a favor da obra e do papel que esta desempenha até hoje dentro do mundo literário. Em seu último capítulo, Ronald Kyrmse analisa a atualidade do mito criado por Tolkien.  

Mais um dos livros que figuram na minha biblioteca pessoal sobre Tolkien e sua obra. Adorei a leitura por vários motivos. O principal deles é que o livro foi escrito por um fã e, como ele mesmo afirma ser, por um entusiasta, para outros fãs. A narrativa é leve, o que facilita na compreensão do objetivo do livro, que é demonstrar o efeito que o mundo secundário tolkeniano tem sobre nossas próprias emoções. Mais um livro bastante recomendado.

22 de mai. de 2012

O Senhor dos Anéis e Tolkien (Rosa Sílvia Lopez)


Título: O Senhor dos Anéis e Tolkien: o poder mágico da palavra
Autor: Rosa Sílvia Lopez
Editora Arte & Ciência, 222 p.

Este livro analisa a obra-prima de J.R.R. Tolkien a partir do discurso e da criação de linguagens. A autora também busca as fundações místicas que nortearam a criação dos territórios, personagens e até a questão temporal n’O Senhor dos Anéis. O discurso é tido como o ponto principal que norteia a pesquisa, que discute e aborda o conto tolkeniano. A autora demonstra como o discurso é o fio condutor d'O Hobbit e d’O Senhor dos Anéis.
O livro também conta com um apêndice, bibliografia e uma pequena introdução sobre a vida de Tolkien, além de um pequeno texto sobre a fantasia na obra de Tolkien. Ah. Sem esquecer de mencionar que o livro é ilustrado. Como vocês podem ver pela capa, as ilustrações são belíssimas. Um livro muito indicado para todos aqueles que tem intenção de se aprofundar no estudo das obras do mestre e/ou analisar a obra de um ponto de vista diferente.