13 de dez. de 2019

O hobbit e a filosofia (William Irwin)


Título: O Hobbit e a filosofia
Autor: William Irwin
Editora BestSeller, 265p.

Sinopse: O que é mais importante na vida: a comida e a bebida ou o ouro acumulado? Ou nenhum dos dois? Os hobbits são taoistas? Afinal, Bilbo trapaceou e roubou o Um Anel de Gollum? A partir dessas e muitas outras questões, O 'Hobbit e a filosofia' faz uma análise filosófica de um dos maiores clássicos da literatura fantástica de todos os tempos.

Um livro que não tem nada de simplista, e que transforma O Hobbit em mais do que uma simples história infantil. O bom dos livros editados por William Irwin é a linguagem informal que ele utiliza para criar um livro que mescla a fantasia criada por Tolkien com assuntos do nosso dia-a-dia. Sentimentos e situações são comparados aos vividos pelo leitor, levando a reflexões variadas acerca do ser humano. Indico.

11 de dez. de 2019

As sombras de Longbourn (Jo Baker)


Título: As sombras de Longbourn
Autora: Jo Baker
Editora Cia. das Letras, 450p.

Sarah e Polly são as duas criadas da família Bennet. Junto com Mr. e Mrs. Hill, mordomo e governanta respectivamente, trabalham para a família faz tempo, mas diferente de Polly, Sarah ainda lembra de sua antiga vida e sonha com uma vida melhor, não consegue se contentar com o que tem, mesmo que seu trabalho lhe proporcione segurança. Tudo muda quando Mr. Bennet resolve contratar um jovem, James, como lacaio. Junto com esse novo membro da criadagem, chega também um solteiro que logo se torna cobiçado pelas jovens da região, Mr. Bingley, que traz com ele Mr. Darcy...

Eu tinha uma ideia completamente diferente do que eu iria encontrar ao ler esse livro. Já sabia que seria Orgulho e preconceito do ponto de vista dos criados, e achei que seria uma chatice, mas não. Foi interessante ver os acontecimentos da casa dos Bennet pelo ponto de vista dos criados e ver como, para eles, a vida e a preocupação dos patrões parece um pouco absurda, às vezes até mesmo egoísta, enquanto a deles é tão mais real (como quando a Mrs. Hill tem medo de perder o emprego quando Mr. Collins assumir a casa).

14 de nov. de 2019

The art of The Lord of the Rings (Gary Russel)


Título: The art of The Lord of the Rings
Autor: Gary Russel
Editora Houghton Mifflin Harcourt, 223p.

Lotado de informações de produção sobre a trilogia fílmica O Senhor dos Anéis, esse livro traz artes conceituais, designs, esculturas e pinturas digitais selecionadas por dois dos artistas mais conceituados no mundo de ilustradores de Tolkien: John Howe e Alan Lee.

Um livro maravilhoso, recheado de algumas das ilustrações mais lindas sobre a Terra-média. A melhor parte do livro está no final, no capítulo sobre pinturas digitais, cada uma sendo mais linda que a outra. Fazia tempo que eu estava atrás dos livros do Gary sobre O Senhor dos Anéis, e achei que esse seria uma junção dos três livros sobre o making of da trilogia já lançados (ainda não li os livros separados), mas ele traz mais material. Me apaixonei pelas imagens, dá vontade de imprimir e emoldurar para colocar na parede. Recomendo.

12 de nov. de 2019

Jane Austen for dummies (Joan Klingel Ray)


Título: Jane Austen for dummies
Autora: Joan Klingel Ray
Editora Wiley Publishing, 361p.

Sinopse: Deseja saber mais sobre Jane Austen? Este guia amigável dá a colher sua vida, obras e impacto duradouro em nossa cultura. Ele narra os acontecimentos de sua breve vida, examina cada um de seus romances e analisa por que suas histórias - de mulheres e casamento, classe e dinheiro, escândalo e hipocrisia, emoção e sátira - ainda têm significado para nós hoje.

Eu sempre tive uma curiosidade enorme em ler algum livro dessa série “For dummies”, justamente por causa desse nome. Achei que me divertiria por isso, e sim, o livro é bom, mas não no sentido cômico. Ele traz uma boa introdução a quem foi Jane Austen, em que época viveu e como isso influenciou na escrita de suas obras, os costumes e comportamento que ela retrata nos livros. Um guia simples e detalhado, muito fácil de ler. Recomendo.

27 de set. de 2019

Frodo’s journey (Joseph Pearce)


Título: Frodo’s journey: discovering the hidden meaning of The Lord of the Rings
Autor: Joseph Pearce
Editora Saint Benedict, 174p.

Joseph Pearce aborda o significado cristão presente em O Senhor dos Anéis. Ele fala de cada um dos aspectos da história e como se entrelaçam com eventos do cristianismo.

There is a mystery at the heart of The Lord of the Rings that continues to baffle and confuse the critics. Is it “a fundamentally religious and Catholic work,” as Tolkien claimed in a letter to his Jesuit friend, Father Robert Murray, in December 1953, or is it, as he claimed in the foreword to the second edition of The Lord of the Rings, devoid of any intentional meaning or “message”?

Peguei esse livro só por mera curiosidade e o que tenho a dizer é que, enquanto apresenta bons insights sobre O Senhor dos Anéis, não se difere muito de outros livros que analisam a obra de Tolkien sob a ótica cristã; mas enquanto o tema é mesmo, alguns autores conseguem abordar de uma nova forma.
Joseph Pearce começa falando de alegorias, algo que Tolkien não gostava, e como O Senhor dos Anéis é e ao mesmo tempo não é uma alegoria (se baseando nas cartas do autor), e eu achei interessante essa abordagem, mas a leitura começou a arrastar quando vi que o autor passa o resto do livro falando sobre isso. Ele aponta a contradição entre O Senhor dos Anéis ser uma obra fundamentalmente cristã (nas palavras do próprio autor), enquanto também está “desprovido de qualquer significado intencional ou mensagem”, e a partir daí, é como se quisesse provar que a história é sim uma alegoria.
Ficou cansativo de ler mais para o fim, mas como não gosto de deixar uma leitura inacabada... Se quiser um livro somente por buscar um novo ponto de vista sobre o assunto “Tolkien e cristianismo”, recomendo que leia, caso contrário...

25 de set. de 2019

Everybody's Jane (Juliette Wells)


Título: Everybody's Jane: Austen in the popular imagination
Autora: Juliette Wells
Editora Continuum, 256p.

O primeiro livro a investigar o significado popular de Jane Austen hoje. Fazendo uso de entrevistas realizadas com turistas literários e de pesquisas de arquivos sobre a Fundação da Jane Austen Society da América do Norte e da excepcional coleção Austen de Alberta Hirshheimer Burke de Baltimore, o livro foca nos leitores comuns ao invés dos estudiosos e analisa como tais leituras fazem uso dos romances de Austen, porque criam obras baseadas em seus livros e em sua vida.

É sempre bom ver autores clássicos sendo analisados através de uma ótica moderna, sobre sua fama na atualidade. É um livro agradável de ler, porque não fala só da popularidade da autora e do porquê de seu nome ser bastante valorizado e comercializado, mas porque foca em quem lê seus livros e gosta e recomenda, não somente os estudiosos, mas leitores que buscam uma leitura prazeirosa. Porque é viável discutir Jane Austen e suas obras nos dias de hoje, porque sua leitura ainda cativa, o que existe nas histórias que continuam atraindo leitores, tudo isso é discutido, neste livro feito para fãs. Recomendo.

20 de set. de 2019

The Hobbit (Brian Sibley)


Título: The Hobbit: an unexpected journey official movie guide
Autor: Brian Sibley
Editora HarperCollins, 168p.

Sinopse: Entre no mundo de Bilbo Baggins por meio de entrevistas exclusivas com o diretor Peter Jackson, Martin Freeman, Ian McKellen e todos os principais atores e cineastas, que compartilham segredos e histórias sobre como era realmente fazer a magia do cinema na Terra-média. Ricamente ilustrado com centenas de fotos dos bastidores dos atores, locações, cenários, criaturas e fantasias, O Hobbit: Uma Viagem Inesperada Guia Oficial do Filme foi produzido em colaboração com os cineastas que trouxeram o romance clássicos de J.R.R. Tolkien em uma vida tridimensional de tirar o fôlego.

Este livro é o primeiro escrito por Brian Sibley sobre a trilogia d’O Hobbit no cinema. Com umas ilustrações maravilhosas e aquele tipo de curiosidade que ninguém imagina, o livro traz muita informação sobre Uma viagem inesperada (que eu considero o melhor filme, porque depois é só ladeira abaixo, até hoje não entendo como conseguiram transformar essa trilogia num fracasso).
Cada um dos novos atores tem sua própria pagina, onde eles falam de seus personagens e onde se comenta como foi criar as personalidades, figurinos e cenas. Duas coisas que eu gostei muito: quando falam dos figurinos (as roupas da Galadriel e quando os atores da trilogia O Senhor dos Anéis falam sobre voltar a Terra-média. Livro recomendado.

18 de set. de 2019

As épicas aventuras de Lydia Bennet (Kate Rorick e Rachel Kiley)


Título: As épicas aventuras de Lydia Bennet
Autoras: Kate Rorick e Rachel Kiley
Editora Verus, 293p.

Lydia foi enganada por George Wickham, seu namorado, e acabou ficando famosa na internet, mas não de um jeito bom. Agora ela está tentando colocar a vida de volta nos eixos com o apoio da família, faz terapia e tem planos de ir para a faculdade. Mas mesmo assim, ela tem a sensação de que não está indo muito bem. Quando o período de inscrição na faculdade se encerra, Lydia tenta correr atrás mas não consegue, e a partir daí ela embarca em uma “volta ao passado”, tentando ser a menina festeira de antes. Só que isso também não dá certo, e depois que ela percebe o que está fazendo, Lydia resolve ir visitar Jane em Nova York e acaba encontrando pessoas muito interessantes que irão ajuda-la a superar seus medos e voltar a planejar seu futuro.

Eu li o primeiro livro dessa série e fiquei com vontade de ver a websérie, mas fui deixando para depois e depois... resolvi pegar o segundo livro e pelo título, dá para notar que será mais focado em Lydia. De certa forma, como não tem mais muito paralelo com Orgulho e preconceito, fiquei sem saber o que esperar, mas a história me surpreendeu de forma positiva. As partes em que Lydia se mostra desmotivada e só quer saber se festa me desestimulou porque parecia que não saia daquilo, mas depois melhora. Eu curto muito essas novas versões da história de Jane Austen porque mostram o que aconteceu com os personagens depois que Lizzie e Darcy ficam juntos, e este livro foi um dos mais legais, porque pelo menos nesta versão, Lydia consegue se livrar de Wickham e ter uma vida melhor. Uma leitura divertida, vale a pena.

14 de ago. de 2019

Tolkien among the moderns (Ralph C. Wood)


Título: Tolkien among the moderns
Autor: Ralph C. Wood
Editora University of Notre Dame Press, 312p.

Enquanto muitos críticos conseguem perceber que a obra de Tolkien está imbuída de sua visão moral e religiosa, é menos evidente para eles que o autor confronte as principais preocupações filosóficas e literárias abordadas pelos escritores e pensadores modernos. Pelos nove capítulos, este livro coloca as obras de Tolkien em compromisso com os dilemas modernos. Estes nove ensaios nasceram de um seminário chamado “Reading Tolkien and Living the Virtues, resultado de encontros de acadêmicos de várias faculdades e universidades americanas e também de várias disciplinas, patrocinado pelo Programa Lilly Fellows em Humanidades e Artes, realizado na Universidade Baylor.

Este livro foi um achado. Confesso que fiquei um pouco confusa no início da leitura, mas por sorte, desde a introdução, já fica claro que o objetivo do livro é justamente mostrar que Tolkien aborda SIM as mesmas questões que escritores modernos apresentam em suas obras. Ele tem poucos capítulos, mas cada um analisa de forma inteligente e objetiva o aspecto da obra que se propõe. Meus dois capítulos favoritos: Helen Lasseter Freeh analisa O Silmarillion e conclui que nada está determinado e que cada pessoa é livre para fazer suas próprias escolhas; Michael Thomas compara Dom Quixote e seu escudeiro com Frodo e Sam. Livro completamente recomendado.

12 de ago. de 2019

Jane Austen and the english landscape (Mavis Batey)


Título: Jane Austen and the english landscape
Autora: Mavis Batey
Editora Amer Bar Assn, 135p.

Sinopse: Landscape historian Batey explores real and fictional settings of Austen's novels. In each chapter she uses a different Austen novel to discuss the style of gardens and landscapes during the early 19th century and Regency England. A continuing theme is the tension between Georgian propriety and the challenging Romantic ideals as they played out in the English landscape. Photos and reproductions of paintings supplement the text.

Este livro é uma verdadeira maravilha. Através de um conjunto de belas ilustrações, Mavis Batey fornece explicações muito bem detalhadas de como Jane Austen estudou a aparência das paisagens naturais e artificiais e como se pode visualizar ambas de forma crítica. A própria autora era uma especialista no assunto (Mavis foi consultora da BBC para a adaptação de Orgulho e Preconceito de 1995, além de prestar um grande serviço no trabalho de restauração do parque Nuneham Courtney e se tornar membro da Garden History Society). Livro completamente indicado.

12 de jul. de 2019

J.R.R. Tolkien’s The Lord of the Rings


Título: J.R.R. Tolkien’s The Lord of the Rings
Editora Chelsea House Publications, 208p.

Esse é o terceiro livro que leio que faz parte da série editada por Harold Bloom, Bloom’s Modern Critical Views (a introdução é dele também). Diferente do outro livro já resenhado sobre Tolkien, esta edição traz 11 artigos, a cronologia de Tolkien e uma bibliografia, além de um pequeno resumo sobre cada um dos autores.

Why is the Rings being widely read today? At a time when perhaps the world was never more in need of authentic experience, this story seems to provide a pattern of it.

O primeiro artigo, "Epic Pooh", de Michael Moorcock, já começa respondendo uma pergunta que eu acho que todo leitor de Tolkien, na verdade, todo leitor já ouviu: por que se repete a leitura de um livro? Por que se lê um livro com ideias que parecem tão arcaicas nos nossos tempos modernos? E o próprio autor responde. Fiquei surpresa com a maioria dos textos desse livro, porque apesar de algumas dos assuntos já terem sido levantados em discussões de fãs (como a questão dos “lados negros” de Gandalf e Galadriel), outros eu nunca tinha visto pelos ângulos abordados (em “Queer” Hobbits: The Problem of Difference in the Shire). Mais um livro completamente recomendado.

10 de jul. de 2019

Jane Austen


Título: Jane Austen
Editora Chelsea House Publications, 315p.

The oddest yet by no means inapt analogy to Jane Austen’s art of representation is Shakespeare’s—oddest, because she is so careful of limits, as classical as Ben Jonson in that regard, and Shakespeare transcends all limits.

Esse livro faz parte da série editada pelo famoso Harold Bloom, Bloom’s Modern Critical Views. Ele também faz a introdução do livro, discutindo a relação entre Austen e Shakespeare, Samuel Richardson e Dr. Samuel Johnson.
Trazendo 12 artigos escritos por autores diferentes, o livro também conta com uma cronologia da vida de Jane Austen e uma extensa bibliografia.

Eu sempre quis ler os livros da série editada por Harold Bloom, então fiquei muito feliz quando acabei encontrando alguns sobre Jane Austen e Tolkien. Os artigos são muito bons, e cada um dos autores faz uma bela análise do que se propõe. Neste livro sobre Jane Austen, a própria introdução de Bloom já dá uma mostra do nível da publicação e me fez pensar nessa comparação entre Austen e Shakespeare.

Inspired by Wollstonecraft’s attempt to develop women’s ability to think rationally, Jane Austen portrayed the heroines of her novels, not as the women of sensibility celebrated by the romantic poets and the prevailing ideological doctrine of the separate spheres which consigned women to the role of promoting the domestic affections. Instead her heroines are women of sense, women like Elinor Dashwood who refuse to succumb to erotic passion. Even those heroines who are seduced by Gothic romances and fairy tales of romantic love, like Catherine Morland in Northanger Abbey, are capable of recognizing the errors of their youthful delusions.

Os dois artigos que mais gostei, surpreendentemente, foram "A Model of Female Excellence: Anne Elliot, Persuasion, and the Vindication of a Richardsonian Ideal of the Female Character" (Anne Elliot não é nem de longe minha heroína favorita) e a comparação entre Austen e Shelley em "Why Women Didn’t Like Romanticism: The Views of Jane Austen and Mary Shelley" (na verdade, ess eé o melhor artigo e só meu deu vontade de sair mostrando pra todo mundo ver que Jane Austen não é livro de romancezinho besta). Livro muito indicado.

10 de abr. de 2019

J.R.R. Tolkien


Título: J.R.R. Tolkien
Editora Chelsea House Publications, 179p.

Though written in prose, The Lord of the Rings is unquestionably heir to Western epic traditions, both classical and medieval-vernacular.

Com 10 artigos sobre Tolkien, o livro editado e introduzido por Harold Bloom, da série "Bloom’s Modern Critical Views", analisa e discute tanto a forma de escrita de Tolkien quanto suas obras, e traz textos de especialistas em Tolkien como Jane Chance e Verlyn Flieger.

The Hobbit continues to be a story written for extremely intelligent children of all ages [...]

O melhor artigo desse volume se chama Tolkien, Epic Traditions, and Golden Age Myths, de Charles A. Huttar. O de Jane Chance, The King under the Mountain: Tolkien’s Children’s Story, também chama atenção porque a autora consegue mostrar que, enquanto muitos críticos notam o tom adulto da história, muitos não justificam o nível infantil, e o interessante é que O Hobbit, apesar de seu enredo, foi elaborado como livro infantil. Uma das coisas que me levou a refletir foi a colocação de Harold de que Bilbo é um personagem de quem é mais fácil gostar do que Frodo, porque Bilbo é o hobbit com quem as coisas acontecem, enquanto Frodo é o hobbit que faz as coisas acontecerem. 

Essa diferenciação, que também tem a ver com as suas histórias (O Hobbit é um livro infantil, O Senhor dos Anéis não), me levou a torcer a cara para o livro mais de uma vez, mesmo conseguindo entender a colocação de Bloom. Não quero abordar cada um dos artigos para evitar dar spoiler, o que posso dizer é que esse foi um dos livros de estudos sobre Tolkien que já li, completamente recomendado.

8 de abr. de 2019

Fashion in the time of Jane Austen (Sarah Jane Downing)


Título: Fashion in the time of Jane Austen
Autora: Sarah Jane Downing
Editora Shire, 64p.

A França sempre foi um grande país influenciador da cultura mundial, e no que diz respeito a moda, continua assim até hoje. Mas as coisas mudaram na transição do século XVIII para o XIX, mais precisamente depois da Revolução Francesa. Até as guerras napoleônicas, era costume grandes costureiros entregarem suas encomendas muito desejadas pela Europa inteira. Depois da revolução, as saias rodadas e volumosas de brocado deram lugar a vestidos mais simples, com a chamada cintura imperial (bem abaixo do busto) e com um design mais apertado e restrito. Os livros de Jane Austen foram escritos durante essa época de dominância de vestidos de cinturas altas e mangas curtas. O vestuário masculino também sofreu mudanças. Este livro discute a moda e tudo que nela está incluído.

Desde que eu abordei moda como parte do meu TCC de História e fiz um projeto na faculdade de Biblioteconomia sobre o mesmo assunto, tomei gosto, então todo livro sobre moda que encontro, preciso ler. Foi uma alegria encontrar algum que aborde a moda no tempo de Jane Austen. O livro é bem fino, só 64 páginas, e parece mais uma monografia que outra coisa. As ilustrações são um chamativo que não poderia faltar, lógico, mais fácil de absorver a leitura. Muito indicado.

1 de mar. de 2019

Descoberto álbum com fotos da família de Jane Austen

Foi descoberto um álbum com fotos da família de Jane Austen.


Segundo o DailyMail, Karen Ievers comprou o álbum no ebay achando que eram fotos de famílias aristocráticas no século XIX, quando na verdade, a coleção trazia fotos nunca vistas da família da escritora.


Especialistas afirmam que o álbum foi montado por Lord George Augusta Hill, que casou com duas sobrinhas de Jane Austen, e segundo eles,  o valor do álbum não deve ser subestimado.

Para ver mais fotos e informações, é só clicar no link do DailyMail.

12 de fev. de 2019

Saiu o trailer de Tolkien!

Saiu hoje o trailer da cinebiografia de J.R.R. Tolkien, e a galera do Tolkien Talk traduziu, vejam aqui:


Tolkien, que tem Nicholas Hoult no papel do escritor e Lily Collins no papel de sua amada esposa Edith, tem estréia prevista para 10 de maio de 2019.

1 de fev. de 2019

Pré-venda de O Silmarillion, da HarperCollins

Entrou em pré-venda essa semana mais uma publicação da editora HarperCollins, O Silmarillion. Essa edição, de encher os olhos, vêm acompanhada de pôster.


Para comprar, basta clicar no link da Amazon (é o mesmo link do Tolkien Talk, um grupo de amigos que discute Tolkien e sobre o qual já falei no blog, divulgo para dar uma ajudada)

30 de jan. de 2019

Disney adapta Orgulho e Preconceito

Várias vezes li publicações da Disney que adaptavam clássicos da literatura. Dentre as várias coleções que existem por aí, infelizmente nunca haviam feito nenhuma adaptação de obras de Jane Austen. Então, eis minha surpresa quando achei esse gibi do Topolino (Mickey Mouse na Itália).


Publicada em dezembro de 2018, o Pato Donald e sua namorada Margarida encarnam os protagonistas de Orgulho e Preconceito e se transformam em Mr. Duckcy e Elizabeth Pennet. Infelizmente, como a editora Abril finalizou as publicações da Disney em junho do ano passado (eu já falei sobre isso), não é possível achar uma tradução.

18 de jan. de 2019

Tolkien & The Silmarillion (Clyde S. Kilby)


Título: Tolkien & The Silmarillion
Autor: Clyde S. Kilby
Editora Harold Shaw Publishers, 89p.

Este livro de Clyde S. Kilby surgiu de um pedido do editor do Kodon, a revista literária da Wheaton College, que queria um artigo sobre J.R R. Tolkien. Em 1964, ele conseguiu se encontrar com Tolkien, e aqui ele narra sobre esse encontro, quando pôde discutir sobre o conteúdo de O Silmarillion e também saber mais sobre o relacionamento do professor com C.S. Lewis e Charles Williams.

I first met J. R. R. Tolkien late on the afternoon of September 1, 1964.

Uma simples frase que faz tudo parecer totalmente fantástico. Talvez seja assim para todo fã quando vê que outra pessoa conseguiu conhecer o seu ídolo, de qualquer forma para mim sempre acaba sendo fantástico. Este livro nem é uma biografia, nem um ensaio sobre O Silmarillion (ainda não publicado na época, este livro é de 1976, O Silmarillion foi lançado no ano seguinte). Kilby soube por alto do que se trata o novo livro de Tolkien, e sua predição de que o livro não seria publicado por Tolkien se mostrou certa quando alguns meses mais tarde, o autor acabou falecendo e o livro ficou inacabado. É um livro bem curtinho, prazeroso de ler, além de ser bem raro. Quem quer que tenha a sorte de encontrá-lo em algum sebo por aí, que não perca a chance de adquiri-lo.

16 de jan. de 2019

Morte em Pemberley (2013)


A série começa como livro, com as preparações para o baile de Lady Anne, quando uma carruagem desgovernada chega em Pemberley e dela salta uma Lydia (Jenna-Louise Coleman) completamente histérica. Diferentemente do livro, Elizabeth (Anna Maxwell Martin) e Darcy (Matthew Rhys) tem um filho somente, mas a dinâmica de casal apaixonado (mostrada na leitura do romance) entre eles é mantida.

O clima de mistério se intensifica com as investigações sobre o assassinato do capitão Denny (Tom Canton), e mesmo tudo apontando para Wickham (Matthew Goode) como o culpado, Darcy acha que ele é inocente. O clima em Permberley fica cada vez mais pesado, não só porque as pessoas tem que lidar com a prisão de Wickham, mas também com o aparecimento do fantasma da Sra. Rilley, que alguns creem ser uma simples besteira... A partir daí, as várias pistas levam o telespectador a tentar desvendar o mistério do assassinato e o verdadeiro culpado.

Nada melhor do que começar o ano e aproveitar as férias com uma série divertida. Muito melhor que o livro, apesar das mudanças não serem tantas ou mesmo muito significativas, essa adaptação merece respeito por ter vários pontos altos: os flashbacks que mostram alguns momentos importantes da história original e a vida de Lizzie após o casamento, o mistério do fantasma, as pistas para tentar se descobrir a verdade, e acima de tudo, o roteiro conseguindo se manter bem fiel aos personagens originais tanto como P.D. James elaborou quanto como Jane Austen os criou. Recomendo.

14 de jan. de 2019

Feliz 2019!

Esse ano o blog comemora 10 anos de existência. Foi o primeiro blog que criei para participar do primeiro desafio literário que participei e para que eu começasse a postar notícias e resenhas dos meus dois autores favoritos, Jane Austen e JRR Tolkien.


Depois, resolvi dedicar ele só a Austen e Tolkien e criei outro blog para resenhas gerais e nisso já se vão dez anos. Para comemorar o aniversário do blog, ao longo do ano vou realizar alguns sorteios de livros e brindes. Fiquem de olho e feliz 2019!